sábado, 31 de outubro de 2009

Saudade

Faz hoje nove anos. Tanto tempo que passou e nem dei por isso... parece-me que foi ontem. Tão frágil num corpo que já não era o mesmo. Eu queria que lutasses, tu num misto de sentimentos, tentavas aguentar, mas na realidade querias partir.... Nada mais te prendia aqui como antes e embora não tenha sido o fim que escolherias, sei que de alguma forma o quiseste. Não foi fácil. Não é e nunca o será. Quis ir contigo, atravessar essa ponte que me separa de todos os que amo e já não tenho... Mas algo me impediu... e eu chorei, berrei, revoltei-me e sofri... Eu sei que não era isso que querias provocar em mim, mas todos somos um pouco egoístas... queria mais um tempo contigo... nem que fossem mais cinco minutos das nossas vidas para te relembrar o quanto te amo... O amor não desaparece. A saudade aumenta. A memória irá sempre recordar... a tentar lembrar-me dos bons momentos, mesmo que me lembre também dos maus.
É neste dia... em que todos andam pelas ruas mascarados e contentes com uma festa que não é nossa, que tu partiste. Não fazias jus ao nome dela... Eras a melhor pessoa que pude conhecer e tive a honra de ser tua neta. Por tudo aquilo que representaste na minha vida, obrigada. Um dia sei que vou atravessar essa ponte e aí, reencontrarei os que partiram... Até lá, eu sei que continuas presente... de uma forma ou de outra, realidade, ilusão ou paranóia, mas eu sinto-te, e assim, sinto-me um pouco melhor. Até logo***** :'(

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Hmmmmmm....

Dreams

Mais um dia. Continua a caminhada diária por aquele passeio de sempre. Tudo à minha volta se transforma, tudo deturpa a minha visão e sinto-me a flutuar por ruas e vielas que finjo não conhecer como as palmas da minha mão... Os sons, as pessoas, o trânsito, as cores e cheiros familiares, passam a meros estranhos e aí sei, que tudo é o ruído dos meus sonhos a exigirem atenção embora para já, nenhuma opção me reste a não ser adiá-los... Não quero!! Não quero calá-los ou evitá-los. Quero partir em busca de algo que realmente não conheço, quero deixar de fingir, só para acalmar o meu desespero.
Eu sei que esta não é a minha terra. Não são estas as ruas que tinha de atravessar e nem a língua que devia falar. Não pertenço a este país de faz-de-conta.
Sei que estou a muitos Km de casa, assim como sei que um dia vou chegar lá... E aí, todo e qualquer ruído de um sonho, vai-se transformar em música para os meus ouvidos e na banda sonora da minha vida.

domingo, 25 de outubro de 2009

Disparate do dia de ontem...

«... então... o cais de Gaia é Porto, Gaia, até cá acima...»
(Isto quando estava no tabuleiro superior da ponte D. Luís)



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Se o outono tem algo de bom, isto é um exemplo perfeito...

E vem aí a hora de inverno... não se esqueçam de no Sábado, atrasar uma hora os vossos relógios... Sair por mais uma hora e dormir mais na Segunda- feira :D... Ora nem mais...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Soul...

A minha alma anda em digressão pelo mundo. Partiu, talvez por estar farta de esperar... Deixou para trás o corpo cansado mas ansioso. Cansado de esperar, mas ansioso por reencontrar a metade que fugiu e assim, começar uma nova vida.
Tudo o que me prende aqui são obrigações, alguns amigos, uns quantos laços familiares e nada mais... À minha espera tenho o desconhecido, melhor ou pior, mas diferente e neste momento tudo me parece melhor...
Por aqui tudo e todos, à sua maneira, me desiludem... me entristecem, cansam e envelhecem... Não consigo mais suportar a mentira dos que temem a verdade, a falta de coragem dos que perdem por não lutar, dos que se deixam ficar como se não houvesse todo um mundo lá fora, por explorar.
Falta pouco, muito pouco, mas no entanto esse dia parece tardar... Rezo para ter a força que ainda não tenho. Talvez lá fora, tudo faça sentido... Talvez fora daqui, eu me encontre finalmente.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Música da noite



We all have a weakness
But some of ours are easy to identify
Look me in the eye
And ask for forgiveness
We'll make a pact to never speak that word again
Yes you are my friend.
We all have something that digs at us
At least we dig each other
So when weakness turns my ego up
I know you'll count on the me from yesterday
If I turn into another
Dig me up from under what is covering
The better part of me
Sing this song
Remind me that we'll always have each other
When everything else is gone
We all have a sickness
That cleverly attaches and multiplies
No matter how we try
We all have someone that digs at us,
At least we dig each other
So when sickness turns my ego up
I know you'll act as a clever medicine.
If I turn into another
Dig me up from under what is covering
The better part of me.
Sing this song!
Remind me that we'll always have each other
When everything else is gone.
Oh each other....
When everything else
is gone.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Música do momento...

Frase do dia... por... mim :D

Eu não vou votar para mudar o país, vou simplesmente anular o voto de quem votou mal.


sábado, 10 de outubro de 2009

Sleepless... again...

Já é tarde. Na cama demasiado grande, dou voltas para um lado e para o outro, depois de um constante zapping na tv... Desligo-a por fim. Não vale a pena, continuo sem saber porque me privo de sono até altas horas da madrugada, mesmo que nada interessante o justifique.
Tenho pressa de viver, misturada com o medo de não voltar a acordar... assim mesmo... como se tivesse uma qualquer doença fatal e soubesse que iria morrer a qualquer momento... certamente não ia querer passar os meus últimos suspiros de vida, a fazer algo que poderei fazer toda a eternidade... dormir... adormecida no leito da morte para todo o sempre.. Mas não é esse o caso portanto, apenas posso dizer que a minha fúria de viver me está a tirar horas de vida... qualidade de vida que não tenho por não aproveitar o dia durante o dia mas sim à tarde...
O sono por fim... o mesmo de quem chegou ao ponto máximo de exaustão. E aí, não adormeço, apago.

Tied...

Nós caminhamos. Vagueamos pelas ruas sujas e escuras, sem sentido. Caminhamos juntos, ligados por um estranho laço que insiste em nos unir.
Não falamos sequer, apenas não paramos... porque parar é morrer e isso não queremos, por muito que as nossas acções contrariem esse dizer...
Olhamo-nos. Mas das nossas caras não se nota uma única resposta. Apenas o olhar de quem vê tudo mas nada compreende e por isso, olhamos em frente e caminhamos.
Quis parar quando as pernas fraquejaram, quando a sede secou os meus lábios e o calor apertou tanto, que quase me afoguei em suor... mas tu puxaste-me, arrastando-me pelas pedras frias e incertas da calçada. Para quê insistir em algo que não conhecemos? E porque obrigamos o outro a cair no mesmo abismo que o nosso? Castigo? Egoísmo? Vingança ou simples estupidez?
O laço quebrou. Rasgado e velho pelo uso, e assim corremos... eu para um lado e tu para o outro... sentidos opostos que nos fizeram perder. Corremos, paramos, pensamos e por fim, choramos. Talvez aí tenhamos tido a nossa resposta, mas de tantas esquinas que viramos, não encontramos o caminho de volta... Será que algum dia o vamos encontrar?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Blindness

Se há coisa que mais medo tenho, é de um dia por alguma infelicidade, ficar cega...
Cegueira é de facto algo que me assombra, seja visual ou mental... De uma forma ou de outra sempre tive, literalmente, "olho para a coisa", não só para evitar as pedras tortas da calçada, como para "ler" as entrelinhas de um discurso silencioso.
Mas não desta vez... fiquei cega de um momento para o outro e deixei de ter a capacidade para ver o que vai dentro de mim... Sempre foi tão fácil analisar os outros, mas não tão simples para me ver a mim mesma...
Olho-me uma vez mais ao espelho... mas nada!
Apenas uma névoa em meu redor e um enorme ponto de interrogação onde deveria estar a minha cabeça... A culpa é de alguém... uma dessas pessoas que quando nos olha parece que nos vê a alma... Não sei se gosto dessa sensação... de estar despida de roupa, pele, carne e osso... de estar susceptível a verem as minhas fraquezas e abusarem delas...
Não compreendo esse olhar que costumava ser meu... E por isso me fecho em copas, em casa, no quarto... para evitar tropeçar nas pedras da calçada sem saber o que penso e sinto.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

WOWWWWWW



Reparem no início a multidão toda parada... Tá demais...

Pensamento da noite

Se há coisa que me enerva são os falsos e_mails que circulam pela net e me chegam à caixa de correio, com histórias de ucranianos, chineses, portugueses ou sei lá mais o quê, que roubam ou matam a troco de nada... Mas será que ninguém tem mais nada que fazer? Hoje recebi um supostamente assinado por um tenente... pena é que tenha encontrado o desmentido na net com a data de 2005....
Acho que isso me enerva ainda mais do que aqueles dos santinhos e o ter que enviar mil vezes a mesma mensagem a mil amigos, não vá o céu cair-nos em cima... For god sake...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

No começo da vida era assim. A inocência, o desconhecido, o mistério, o dar um passo de cada vez. Com o tempo tudo se esquece. Da importância das pequenas coisas, do olhar para o que nos rodeia em vez de olharmos apenas para nós mesmos... Corremos em vez de andar, fingimos ter paciência e perdemo-la em coisas estúpidas como uma fila de trânsito. Depois disso, e de numerosas cabeçadas na parede do nosso refúgio, a vida faz-nos parar. Vira-nos, a nós e ao que somos e fazemos, de pernas para o ar, para que possamos repensar nos erros que cometemos em cada segundo de oxigénio inspirado... E foi assim, depois de inúmeros buracos na parede do meu quarto, que percebi que andava a correr pelo motivo errado... já dizia o outro: «a pressa é inimiga da perfeição»... talvez por isso me achem distante nos últimos tempos... inimiga de quem em tempos fui amiga... mas isso sou só eu a reaprender a viver... e por isso caminho, mas desta vez em passos de bebé... Para que tudo possa ficar registado na minha memória, porque no fim, é só isso que terei...