Ontem veio a notícia.. ao fim de muitos anos a fecharem os olhos a estes doentes, inventaram agora o kit! Aleluia pensei eu, mas não bati palmas, talvez porque neste país e com o que temos visto, habituei-me à velha lógica: "quando a esmola é muita, o pobre desconfia...". Pois quando pensei que seria algum tipo de pulseira electrónica com um mencanismo de localização, choquei-me ao perceber que na realidade o que está em questão não são os doentes, mas sim fazer dinheiro à custa do transtorno dos outros!Resolvi fazer uma pesquisa para me certificar que não dizia nada errado e qual não foi o meu espanto quando encontrei um blog de um desses iliterados que entende mal as notícias e ao ir à fontes junta um ponto à verdade... ele dizia que a mesma pulseira tinha um chip, ou seja, juntou à pulseira, um chip que apenas existe num relógio e em pulseiras electrónicas (que cedem apenas para quem vive nas instituições e anda num percurso controlado). Pois então, para que não restem dúvidas, a dita inovação é apenas um pulseira estilo trancelim dourada com uma chapa onde está gravado um número. Pela inscrição numa farmácia ou quartel de bombeiros (para a atribuição do número), paga-se 50 euros durante 3 anos. Se encontrarmos algum perdido, basta ir a uma esquadra que através do número descobrem quem é... sim, como se os portugueses se dessem ao trabalho de procurar ajudar velhinhos indefesos...
Em Portugal, 70% dos doentes com esta patologia, costumam dar passeios sozinhos, muitos acabam por se perder...para quem não sabe, a última coisa a ser esquecida por eles são as memórias e hábitos mais antigos, daí que a maioria mais depressa se esqueceria de levar a pulseira do que levar a carteira com a identificação! Não precisamos de uma pulseira a imitar ouro que os fará ser alvo de ladrões menos perspicazes... e se mesmo assim insistirem na pulseira, podem sempre comprar uma e mandar gravar com os dados importantes, por menos de 50 euros e que dura a vida toda!A meu ver não passa tudo de mais um acto "deita areia para os olhos"... como se admite que os contribuintes paguem pulseiras electrónicas para que os criminosos possam estar no conforto de casa, mas não paguem para que um doente tenha 1 pouco mais de qualidade de vida... Querem fazer as coisas, mas em vez de inovar, remendam...
2 comentários:
"como se admite que os contribuintes paguem pulseiras electrónicas para que os criminosos possam estar no conforto de casa"
é sempre bom saber do que se fala, como aliás você diz no seu blog:
a maior parte dos delinquentes sujeitos a vigilância leectrónica (é bem mais do que ter pulseiras no corpo)não tem conforto nas suas casas; e por outro lado, se o problema é o esforço dos contribuintes, saiba que este muito menor do que o realizado para prender uma pessoa, para al
em de outras vantagens sociais. claro que não é para todo o delinquente, mas é para issos que há tri bunais e erviços de assessoria e de execução de penas e medidas.
qunto às pulseiras para os doentes: pois! pelo que diz, parece ser um embuste.
mas há realmente soluções electrónicas de localização residencial, concebidas para grandes unidades. ver, por exemplo
http://www.homefreesys.com/
Pois, mas se formos ver por aí, entre estar preso com mais tres ou quatro numa cela, ou estar em casa, digamos que o conforto é enorme! A comparação que fiz foi simplesmente que em vez de estarmos a arranjar soluções para quem não quer respeitar a lei, seria muito melhor olharmos para quem realmente precisa! Nós pagamos as pulseiras é certo, mas porque não pagamos antes as ditas pulseiras para o alzheimer?.. eu preferia... Aliás... a citação que copiou continuava... eu fiz a comparação... "(...) no conforto de casa mas não paguem para que os idosos tenham um pouco mais de qualidade de vida"...
É... não sei em que país está mas aqui neste pequeno Portugal... as coisas são quase todas um embuste.. É pena.. e às vezes envergonha-nos.
Obrigada pela chamada de atenção e pelo comentário... sempre que quiser=)*
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