segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Laranja

Sei que é em noites assim, que chego a casa anestesiada de qualquer pensamento e olhando para o vazio da minha parede laranja, tento chegar a uma conclusão que nunca surge.
Sei que procuro um porto de abrigo mas só consigo encontrar albergues temporários onde posso descansar o corpo cansado.
Ontem fiz uma escolha. Disse-a vezes sem conta a mim mesma mas entretanto afoguei-a num copo a mais e esqueci... Hoje continuo na mesma... A mesma escolha por descobrir, que apesar da companhia de personagens secundários, insiste em não ser relembrada... Hoje, também nada se fez... Apenas se adiou... talvez amanhã...
Rendo-me por fim ao “sono dos justos”... em tempo de guerra não se limpam armas... limitamo-nos a usá-las... talvez amanhã quando acordar com a ressaca mental, talvez aí me lembre como usá-las...

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