quinta-feira, 11 de março de 2010

Sonhar o sonho

Mais uma noite entre o dorme e o desperta. Não estavas aqui. Não fisicamente. Estavas como sempre, perto de mais para me acordar e longe de mais para que te pudesse tocar. Os sonhos, esses já se sabe, sonho-os sempre distorcidos da realidade, impossíveis de os viver, mas suficientemente significativos para sentir a revolta de não os ter verdadeiramente!
Lembro-me que não estava muito inconsciente, estava na fase a que muitos chamam "passar pelas brasas" e lembro-me de me teres tocado... de me empurrares delicadamente para uma porta atrás da qual nos fecharíamos para nos entregarmos à paixão... foi como se estivesses aqui... os gestos, poucas palavras, tudo foi sentido ao mínimo pormenor, com direito a aumento de ritmo cardíaco... e no fim, o fim... tão depressa como começou, de volta a tudo o que conheço de ti... triste... fechado em si mesmo, calado, susceptível a toda a podridão da realidade... Acordei. Não sei se mais chateada por não ser verdade ou se magoada com a falta dessa mesma realidade. Cinco minutos de sonho foram os suficientes para horas de insónia.

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