Hoje recebi um email que me deixou a pensar... Uma jovem que desapareceu e era procurada por familiares, amigos e marido... comum... tantos que já encaminhei que até perdi a conta... Confesso... se não tivesse tido o episódio logo pela manhã, no metro, este email seria encaminhado também... mas hesitei... recordei a jovem mãe que viajava com a sua "cria" de 5 anitos, com aquilo que parecia ser: "a casa às costas".. A sua postura irrequieta e nervoso miudinho, deixaram-me a pensar nas mulheres que fogem de casa, fartas da violência de um marido tirano... Não estou a dizer que tenha sido esse o caso, mas não estranhava se ela me contasse uma história similar, que infelizmente, cada vez mais se repete... Saí do metro e esqueci o assunto, a vida dela não é a minha... Até que recebi o email com uma foto feminina. E se aquela foto contava uma história assim? Se ela tivesse fugido para por um fim na violência e o marido raivoso quer apenas dar-lhe (a ela), um fim? Ao estilo: "Se não és minha não serás de mais ninguém!"?
Guardei o email sem o conseguir encaminhar... não fui capaz... Talvez por descarga de consciência, tenha procurado no site da polícia judiciária se na base de dados constava a foto... não... raptada também foi uma hipótese de logo aniquilada... com a TV que temos, já saberíamos... resta-me pensar que foi alguém (sendo verdade), que por alguma razão, fugiu de alguém ou de algum sítio... E que vou eu fazer? Ajudar a "capturá-la"? Contrariar-lhe a vontade?
Só tenho pena que com este tipo de acontecimentos a aumentarem, a deixarem de fazer parte apenas do cenário "Hollywoodesco", fique a duvidar da veracidade dos factos que nos contam e deixem as pessoas que realmente precisam de auxílio, sem ajudas.
Sem comentários:
Enviar um comentário