Eu tento... procuro, espreito, falo, ouço... nada... não dás nada de ti. E que mais me resta fazer? Não há outra opção senão julgar-te como o resto do mundo... fazer de ti um ser que não se dá comigo ou então uma dessas existências estranhas que aguardam que eu adivinhe. Digo-te agora, não sei... não adivinho nem quero enlouquecer com tantas suposições que faço na minha cabeça, quando te tento compreender.
A verdade é essa. Que quanto mais tempo passa, menos te compreendo, menos falamos, menos te conheço, menos sei qual é a realidade... a tua, a minha, e a nossa.
O teu olhar costumava ser transparente, agora, tornou-se baço... Nada transparece para mim a não ser um enorme ponto de interrogação, que me deixa a pensar na quantidade de coisas que se perdem, por não termos coragem ou vontade de falar... bastava uma ou duas palavras... e talvez tudo fosse diferente... ou então não... nunca saberemos enquanto assim continuarmos.
Sem comentários:
Enviar um comentário