terça-feira, 2 de novembro de 2010

Flying away inside this room.

Muda o tempo... muda a hora, muda o sol para a chuva, mudam as pessoas e os sítios, mudo tudo e nada muda. 
Atrasa a hora, todos dormem mais e eu mantenho-me acordada. Quero dormir durante mais tempo, esquecer que nada muda e o tempo continua a passar... mais cedo ou mais tarde, não faz diferença nenhuma se o que quero não chega.
Vou-me deste lugar. Nem que seja por uns dias... chego ao outro sítio e tudo começa a fazer sentido... será que se lá vivesse tudo voltaria a ser rotina? A ser igual a tudo, depressivo, feio, mau, frio? Nunca fico dias a mais para saber a resposta...
Volto dias mais tarde... recomeça aquilo a que fugi. Estou cansada de fingir... fingir que estou contente com o pouco que tenho... que nada mais é do que meros grãos de areia que não enchem um vaso, fingir que estou tranquila, feliz... seja lá o que isso for, sei que não é isto que sinto... sei que não vai ser aqui que vou conhecer... Não é aqui que vou querer viver o resto da minha vida, mas é aqui que estou presa. A esta rotina que sufoca, aos interesses dos outros quando nada tenho para oferecer, às mentiras do governo e ao lixo que polui a sociedade, às mentes pequenas que limitam tudo e todos!
Ligo o único meio que tenho de transpor barreiras e fronteiras... não está quem devia estar, e os que estão, falam nada numa conversa disparatada e forçada... Eu não pedi para falarem, não forcei ninguém e nem quero saber do que não têm para me dizer. Chega de depressão, chega de falsidade, chega de mentes pequenas! Não há nada neste computador e ainda hoje estou para saber o que me prende a ele, mesmo depois de um dia de trabalho em frente a um!
Não perguntem, não falem, não apareçam se essa for a vossa vontade, mas pelo menos, no entretanto, não me chateiem mais do que já me chateiam!

Sem comentários: