Adormeço. Acordo numa nova realidade. Está frio lá fora e não quero sair. Apetece-me ficar aqui mas uma voz muda chama por mim algures nestas 4 paredes. O metro vai cheio e só a música que ecoa nos meus ouvidos me abstrai... das pessoas, da confusão, de mim e dos pensamentos que me perseguem.
Uma voz chega de longe para me cumprimentar... será para mim que fala ou para a ideia que criou de mim?
Certa? Errada? Quem sou eu por detrás do espelho daquela mente? Estarei no alto do pedestal ou no fundo da lista de contactos?
Fazem apenas horas e no entanto parecem ter sido séculos... a distância que deixamos penetrar nos seres cansados forjam-nos as ideias... ou será que as modificam de verdade?
E eu corro... não pelo atraso mas pela vontade de não estar ali. Tudo é fresco, tudo é mau assim, e eu não quero estar aqui.
Fazem horas é verdade e de mim pouco restou aqui. Apenas o corpo a marcar presença no trabalho para garantir o sustento, em casa a alegrar o coração dos que sentirão a minha falta mas eu, eu apanhei um avião e estou a "milhas daqui".
1 comentário:
Se a viagem foi literal ou apenas com a mente, que tenha sido para um lugar que continue a te dar a inspiração, para partilhares connosco estes textos (:
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