Confesso. São momentos como estes em que o tempo passa devagar, que penso em ti. Não devia e eu sei. Por isso não o digo a ninguém. Apenas as paredes deste quarto me ouvem. Penso em tudo e em nada. A vida parece-me pequena quando estou assim e a revejo em flashes repentinos e rápidos. Eu sou pequena. Neste mundo, no teu, no meu, no de todos.
Não sei recordar o dia em que me perdi de mim mesma. Do norte e do sul do nosso caminho. Sei apenas que o ar me abandonava lentamente a cada passo teu. E no caminho, não há nada nem ninguém que me ajude a encontrar o trilho correcto. Sinto falta do ombro em que tantas vezes chorei sem verter uma lágrima. Da mão que me acariciou nos momentos de carência sem me tocar realmente. Das palavras que de alguma forma, alimentaram a minha pequenez... Desses tempos, tenho apenas a memória. E no tempo que passou, o pouco que cresci foi passado a evitar que os meus mecanismos de defesa entrassem em acção, sem sofrer... agarrei-me a uma esperança fugidia apenas alimentada por mim mesma... Mas eu, sou só eu... sem norte nem sul a viver consoante a brisa do que me está destinado.
Será que algum dia nos vamos cruzar? Cumprir o que foi dito e prometido? Voltarmos a ser, amigos?
E o tempo... separa-nos a todo o instante mas não apaga o sentimento... o bom ou mau... Não esquecemos, apenas fingimos não lembrar.
5 comentários:
muito sentimental... gostei imenso
Obrigada... às vezes, mas só às vezes, também eu saio do meu casulo :)
Beijinho e thanks pela visita
pois eu fiquei admirada porque era diferente do que costumas escrever, mas espero então que venham mais dessas :D
Identifico-me com todas as palavras, impressionante. :\
Excelente texto! +1 Follower!
Abraço!
Ellen: Procura mais para trás no arquivo... há alguns textos como este...
Kenny: Welcome! Neste modesto tasco há lugar para todos... e na vida, somos todos um pouco feitos do mesmo barro... ;) thank's
Kisses
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