Se naquela altura os horizontes fossem mais claros do que eram, se as emoções não tomassem conta de nós para no fim nos traírem...
Se não nos tivéssemos deixado levar por algo que julgávamos ser a maioridade e seria apenas a ingenuidade de quem pensa saber tudo e nem de si sabe...
Quantas palavras ditas ao vento e promessas quebradas... dizem que isso nos faz ser quem hoje somos... será que valeu a pena? Que aprendemos nós? Somos melhores ou piores seres?
Hoje acordei a pensar no passado que não chegou a existir. Vi-te em pequenas lembranças e flashes. Não sei se é bom ou mau sinal. Sei apenas que faz muito tempo que não sei de ti. Sei que houve uma promessa feita anos antes que se cumpriu. Não voltamos a ser quem um dia fomos. Ao contrário do que pensávamos não fui eu nem muito menos tu que a cumpriu. Foi a vida. Foi ela que não conseguiu encontrar na nossa curta existência, motivos para nos manter próximos. E nós forçamos... Um ou outro encontro casual, desprovido de sentimentos que não a surpresa, foram feitas mais promessas, mais simples e nem por isso se cumpriram. Por isso hoje digo: Nada se aprendeu. Não eu. Se naquela altura já sabia bem o que queria, hoje sei-te responder a todas as perguntas que fizeste um dia. Só não o fiz mais cedo porque sabia que de nada adiantaria.
Por isso sorrio. Porque sem dar conta, pondo os sentimentos de raiva e nostalgia de parte, sei que conhecer alguém sempre adianta de alguma coisa... Mas isso não significa que vá ter um impacto forte ao ponto de alterar quem somos. No fundo de mim, com mais uma ou outra ruga, sei que estou igual... sou a mesma menina pequenina que se armava em forte. Que corria descalça pelo jardim e passava a vida a fazer palhaçadas. No dia em que deixei de ser assim, permiti que a tristeza entrasse em mim. Por isso digo que sou e serei a mesma de sempre.
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