E silenciosamente, chega o fim. Nunca pensei ser eu a quebrar. Confesso. Sempre pensei que serias tu a largar-me a mão, cansado das minhas piadas, da minha amizade, das conversas e dos silêncios. Tu e não eu.
Por outro lado, sempre pensei que tudo não passava de pessimismo meu. De paranóias devido ao passado, da minha crença na impossibilidade dos acontecimentos. Pensava na realização de todas as situações tantas vezes imaginadas, mas pelos vistos, ilusórias.
Sim parece-me o fim. Tem os contornos dos contextos. O significado das palavras e a dor do "adeus". O sabor salgado das lágrimas e o desperdício de lenços de papel. Deve ser isso que se sente no fim... por isso o digo.
A realidade é que nunca percebi que a verdade das minhas palavras, fossem para ti uma mentira. Ou uma piada. Deve ter-te dado muito gozo, fazeres-me acreditar que eras igual à imagem que criaste. Não interessa mais. Quebrei. E não, nunca pensei ser eu a fazê-lo. Da mesma maneira que nunca pensei vir a descobrir as tuas mentiras. A desconfiança perante cada gesto puro meu. Não condeno. Na realidade já não podemos encontrar muitas pessoas assim. Pessoas que acreditam na amizade sem qualquer interesse por detrás. Sem malícia.
Sim. Parece-me o "adeus". A revolta em mim, gira-me 3 vezes e manda-me ao chão. Hoje sinto o sal da água, amanhã, já estarei bem longe... de ti.
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