Quando a noite cai, despindo-nos de quem somos, voltam os jogos sujos que cheiram a fantasia e afecto mas se sentem como se fossem um abuso da pessoa que somos na realidade, em troca por alguém que não somos nem queremos ser.
Somos pessoas normais, eu e tu. Como todas as outras. Com sonhos de meninos que ultrapassam a barreira da idade e nos remetem aos livros da infância mas no entretanto, corrompidos por factos alheios a nós, calamos sentimentos e cuspimos mentiras.
Não sabemos as palavras do outro quando nem o deixamos falar sequer e no entanto, achamos-nos no direito de deduzir. Andamos a 1000 km/h num mundo de acontecimentos que se dão a metade da velocidade e deixamos passar ao lado, coisas e pessoas que nos fariam certamente felizes.
Para onde vamos? Porque corremos numa ânsia pelo envelhecimento mais depressa do que o normal?
Porque teimamos em preferir o que conhecemos em vez de nos entregarmos a braços desconhecidos?
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