A contagem decrescente começa. O lugar ainda está vazio. De gente, de ti, de vida, de peso. E eu sinto a tua falta. De ti, do que queremos viver. Do que ainda temos para viver. De tudo. São pensamentos que ainda me assombram a memória. São desejos que surgem em forma de assombração para me desassossegar e me deixarem ansiosa antes do tempo.
Hoje andei pelas ruas sem saber aonde ir. Não é fácil traçarmos o nosso destino quando não sabemos o rumo a escolher. Portanto, limitei-me a não pensar nisso... para pensar em ti. As pessoas que correm nas ruas abraçadas a alguém que pensam amar até prova em contrário, os amigos que riem de uma qualquer estupidez num espírito de solidariedade, todos eles lá estavam... estavam eles e estava eu. Eu e tu em pensamento. Agarrada com os dois braços mentalmente como quem tem medo de perder algo. Falta o contacto e isso deixa-me ainda pior.
Volto a entrar noutro metro, decidida a encontrar aquilo que nem sei o que é... Não sei o que procuro mas sei que não o tenho. E nada... mas falta pouco. Sinto-lhe o cheiro. O teu, o das pessoas, o do mar, do amor e carinho de tudo e de nada.
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