A brisa da madrugada congela-me o corpo. Não há lua que brilhe nem sol que me aqueça. É uma noite de inverno esta, que contemplo da janela de casa.
O mundo parece tão mais vazio sem ti por perto que páro para pensar duas vezes se estou a sonhar. Não há risos por perto. Não há uma palavra. Não cheiro o teu cheiro e pergunto-me por vezes se existes realmente.
O gelo da noite congela-me as ideias. Não consigo pensar, o coração abrandou e a resposta tarda em chegar. As horas não passam e os minutos arrastam-se num relógio invisível, para trás e para a frente... Muda a pilha, muda de sítio, muda a cabeça e muda a vida. Muda tudo o que tenho de mudar. Mudo eu e muda o mundo. O meu, o teu e o nosso.
Fecho a janela. Não há sol nascido no céu. Não há lua que me diga as horas. Mas sei que é tarde. Tarde demais para sentimentos tão pesados e imprecisos.Tarde demais para estar acordada.
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