Abri a porta. Uma nova página no meu livro. As linhas foram escritas de uma forma maquinal e constante. Não olhando aos erros, à orientação da escrita, ao acordo ortográfico... apenas momentos de vida, horas de alegria, sensações únicas mas iguais ao imaginário. Tantas vezes escrevi esta história sem a escrever realmente. Tantas vezes sonhei com ela e no entanto, é melhor do que alguma vez pensei.
A vida, fora dos livros, consegue sempre mostrar-nos tudo o que perdemos no dia-a-dia, enquanto andamos perdidos com coisas insignificantes... um carro melhor, uma casa maior, uma família (dis)funcional e viver de aparências... Nada disso estava escrito ou estará, em mim. Vivo unicamente de sentidos e sentimentos, respiro o ar que me envolve e alimento-me dos momentos que me proporcionam... sou melhor pessoa quando os momentos são bons, sou mais forte em cada mau segundo passado.
São bons os que escrevo agora. A hora é que é má. É tarde. Estou só. E sem ti para contar a versão dos factos, a história está simplesmente... incompleta. Não é um fim do capítulo, é apenas uma pausa.
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