Dizem os entendidos, que volta e meia temos uma crise de identidade. Dizem ser especialmente em alturas que a nossa vida dá uma volta de 180º, alturas em que nos tornamos adultos, responsáveis, temos filhos ou mudamos de emprego. Esqueceram-se de uma nova crise de identidade. Daquela provocada pela própria crise. A financeira, política, que nos ameaça a identidade. E nós vemo-la a chegar e tudo o que podemos fazer, é fugir. Fugimos de A para B, fazemos tudo para que não nos contagie e quando a sentimos perto, voltamos a correr... de B para C... D... Mas não sei quanto aos outros. Eu estou farta de fugir. Não estou num país onde ela esteja presente mas acaba por me contagiar. Quanto mais não seja por vir de um país que está prestes a afundar-se. E isso, tolhe-me a identidade, a vida, o pensamento, os "quereres" que se confundem todos dentro do mesmo saquinho a que chamamos cérebro.
Será altura de começar a fugir novamente ou assentar arraiais e mostrar-lhes que mais do que portuguesa, sou uma pessoa tal como eles?
Mas o que fazer quando mesmo já tendo adquirido algum mérito por estas bandas, sinta cada vez mais que este lugar não me pertence?
E eu vim para cá, não para fugir, mas em busca da minha felicidade... e essa sim, é a minha verdadeira identidade... só que ultimamente, parece ter esgotado.
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