sábado, 26 de dezembro de 2009

Sentimentos que vão e vêm... meros castelos de areia que se esbatem com o passar das ondas... E por muito que eu deite mais areia, que os reforce com pedras, sempre vem uma onda capaz de os fazer ruir.
Eu gostava de não ser assim, frágil como água em areia, ao sabor das ondas num mar de emoções. Gostava de ser forte a cada força do vento.
Acima de tudo, gostava de ter a certeza que o mar me tenta ensinar. Ter a certeza do que sinto e quero e acima de tudo, ser capaz de a defender, perante um mundo que me abafa.
Vejo o mar que me chama mas assusta. Corro em direcção a ele sem medo que me engula e páro a meio. Sempre páro. O medo que tenho prende-me os movimentos e leva-me ao fundo. Quase sempre me leva. Mas há momentos que não. Há momentos que o meu corpo flutua na água e consigo nadar... até que o medo me paralisa. Assim é o que sinto... tão fácil de sentir mas tão difícil de explicar...
Há muita água para nadar, muitas ondas para bater no meu castelo, mas nunca para me afogar. Atrapalha-me o ser, mas não mata.
E eu sento-me na areia. Rendida à tamanha imensidão e mistério. Colecciono as pedras com que reforço o meu corpo, mas não são suficientes. Nunca são.

2 comentários:

johnny D disse...

A vida está cheia de dificuldades, e dizem que aprendemos com os erros...supostamente, de cada vez que nos deitam abaixo, levantamo-nos mais fortes. Acredito nisso, mas a verdade é que a superação dos problemas torna-se mais simples se tivermos os amigos à nossa beira, para o conforto nos piores momentos.

Beijo*

Strawie disse...

Por isso mesmo e depois de lero teu comentário, te pergunto, onde estás tu?:) Beijos