quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Ilusion

O ser humano para além de altamente egoísta, vive e respira ilusões. A maioria de nós, não quer saber da política, está-se bem a marimbar para as catástrofes alheias (que até poderiam ser nossas ou vir a ser), e desde que estejamos bem, o mundo poderia acabar que o nosso continuaria. Pelo menos, gostamos de acreditar nisso.
Esquecemo-nos que somos todos feitos do mesmo barro. Que o mal do outro, pode bem ser o nosso. E que na vida, há mais momentos de azar em que nos safamos por sorte, do que momentos de sorte que acabam realmente bem.
Rimos quando nos fazem acreditar que o mundo gira à nossa volta e choramos com o que não ganhamos, sem nos lembrarmos que não podemos chorar por algo ou alguém que nunca foi nosso. Como podemos chorar com a fortuna perdida se nunca ganhamos a lotaria?
Mas nós choramos. Porque vivemos de ilusões. De falsas realidades que de real têm apenas a perda de tempo. Queremos acreditar ter algo que nunca teremos e quando a vida se encarrega de nos mostrar essa triste realidade, choramos como se nos tivessem roubado algo muito valioso. Qual é o valor ao certo de algo que não temos mas nos iludimos ter?
Não sofremos por nos termos iludido. Choramos por sermos egoístas ao ponto de querermos ter o que nunca poderemos ter. Não porque não o merecemos mas porque por vezes queremos coisas que não estão destinadas a ser nossas. Talvez a outros, mas não a nós. Ou talvez esses momentos estejam destinados a nós também mas não da mesma forma ou com a pessoa que desejaríamos. E uma vez mais, somos egoístas demais para admitirmos a derrota com fair-play.
Um dia, quando for grande, vou deixar de sonhar com o impossível.

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