Há algo em mim que me prende aqui. Silencioso e desconhecido. Não são as pessoas, a casa, a cidade ou o país. As gargalhadas que vou dando mesmo que algumas sejam recurso ao choro.
Há algo aqui que me adia a partida como se esperasse algo quando na verdade já nada espero. Não é o tempo instável que me molha a roupa em dias de verão ou me sua no inverno. Não são os amigos ou família. Não são as crianças dos outros que passam mais tempo comigo no trabalho do que em casa. Mas não sei o que é.
Sei apenas que acordo com uma enorme motivação de fazer tudo para encontrar uma saída e vai-se transformando em preguiça durante o dia, arrastando-me para a cama envolta em revolta, na hora de dormir. Sempre adormeço com o medo que amanhã será um dia pior mas raramente o é. Nem pior nem melhor. Apenas igual. E isso deixa-me confusa, será rotina ou um sinal que cismo não ver?
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