sábado, 19 de setembro de 2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Foi assim
Não bastava a semana ter começado mal, ter corrido pior ainda e ainda ter de a acabar assim... Agora é esperar os resultados...
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Hoje.
Desde pequena, sempre tive este sonho. O de ser humana o suficiente para que pudesse ajudar os outros. Anos passados, nunca duvidei desta vontade, por muito que nunca esteja realmente acabada ou cumprida. Tenho alturas que sou espectacular, outras que sou a pior pessoa do mundo. O problema começa aqui, quando sou a pior pessoa na vida de muita gente exactamente por ser a mais humana. E então? Quem me prepara para isto? Quem me ensina a ser horrível e transformar-me numa pessoa normal? Quem me explica como fingir ser quem não sou? Quem ampara as minhas quedas em voos que julgo ser os correctos?
Não interessa nada aos outros. Interessa-lhes sim as suas próprias vidas, claro, não critico, mesmo que acabem por abalar uma outra vida que não lhes pertence.
Quando era pequena, só queria isto... ser valorizada pela conquista dos meus sonhos.. Hoje, esse dia chegou. Não estava minimamente preparada. Depois de uma semana de desaventuras, falta de apetite, nervos à flor da pele, noites de insónia e muitas lágrimas à mistura, não estava preparada para uma sessão de elogios. Sempre imaginei esse dia como um dia de sol. Eu bem disposta, cara fresca e sorriso estampado no rosto, era elogiada e receberia uma medalha amarela de plástico. Foi tudo ao contrário. Lá fora a chuva que me distraía, os trovões que abafavam o que me diziam. Na cara mal dormida, a maquilhagem de guerra escondia os olhos que ainda ontem choravam sem parar.
"És a mulher mais forte que conheço!"... soubessem eles o quanto frágil sou... "És a pessoa que tem mais qualificações e que melhor as usa aqui dentro"... uso... uso para os outros mas nunca para mim... "Chegaste aqui sozinha e venceste no mundo, não imagino o quanto difícil deve ter sido nem o que sofres todos os dias mas imagino que não seja nada fácil e mesmo assim estás sempre pronta a ajudar"... Não, não imagina, pena que não me saiba ajudar a mim própria.
Dizem isto e mais um milhão de coisas que não tiveram qualquer efeito em mim. Consegui dizer um obrigada e sair dali o mais depressa possível para esconder a lágrima... nem esta foi a esperada... a esperada seria de vergonha e contentamento, a escondida foi de tristeza profunda... Amanhã, é mais um dia. Outro no seguimento de outros. Hoje, apenas descobri que afinal, queria tanto ajudar os outros que me esqueci de ajudar a pessoa que mais necessitava. Eu. Por isso, guardo a medalha e mudo o discurso. Modo de defesa: On. Por isso, pergunta as vezes que quiseres e eu responderei sempre: I'm fine. Mesmo que tudo esteja como agora. Uma valente merda.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
E assim fica
Cada dia que passa, confio menos nas pessoas. Nos seus actos e palavras. Gestos e sonhos. Interesses ou desejos. Cada vez mais, me desacredito das suas vontades.
Estou cansada de me dar de corpo e alma a troco de nada. Cansada de me entregar e as pessoas desaparecerem da minha vida sem aviso prévio. Por medo. Por desinteresse súbito. Sei lá eu porque razão. Odeio o pós separação. O não saber. O vaguear. O imaginar. O perguntar a mim mesma sabendo que não vou obter respostas. Só eu sofro. Só eu choro a ausência não entendida. Só eu questiono o porquê.
Se há coisa que de pior me podem fazer, é justamente isto. Desaparecerem sem me darem uma razão. No fundo a culpa talvez seja minha... que nunca me dei o suficiente para que soubessem, que fosse qual fosse a razão, eu seria a primeira a aceitar e sair. Ou então, sabem mas não têm a coragem necessária para falar...
Não interessa mais. É tarde demais... A mágoa já se instalou e parece estar para durar.
E porque...
E porque hoje era o teu dia... Estranho. Ao fim destes anos todos, continua a ser teu. Como se nunca me tivesses deixado no caminho com a promessa de um reencontro. Parabéns vó. Serás sempre a minha segunda mãe. E em mim, carrego com orgulho as lembranças de quem foste e que de certa forma me ensinaram a ser quem sou hoje. Espero que, estejas onde estiveres, estejas orgulhosa de mim. Até um dia.
Dreaming with someone else's dream
Eu podia explicar-te. Se tivesses tempo. Se não estivesse a chover. Num desses dias de sol, sentados numa esplanada sem pressa, saboreando uma cerveja enquanto as palavras me saíam ao sabor do vento. Eu sei que sim, que conseguia explicar-te a possibilidade das coisas que de tão improváveis, roçam o impossível. Podia. Se os tempos fossem outros. Se os dias fossem iguais. Se os países fossem o mesmo. Se o presente não estivesse presente. Voltas que o mundo dá por vezes mas ainda não deu.
Sabes uma coisa? A melhor forma de esquecer, não é, não pensar. Podemos fazer mil e uma coisas para nos distrair mas no entretanto em 5 minutos de pausa, tudo volta. A melhor coisa é mesmo fazer o que fizeste. Falar. Então, obrigada. Por dares voz a sonhos parecidos que sempre calo em mim por medo do seu peso. Sei que um dia vamos rir de tudo isto. À distância talvez. Ou talvez não. No entretanto temos sempre o hoje. O conforto de uma palavra amiga. Rindo dos demais e de nós mesmos. Respeitando limites por respeito a outros que não nós. Guardando o valor do agora e sonhando com o reencontro, anos luz do dia de hoje, às 13h. No café. Eu serei aquela de sorriso tímido mas gargalhada fácil. Lá te espero, não te atrases. Beijo na testa.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
E então...
Faz muito tempo que aqui não escrevo. As teias de aranha fazem mais companhia do que estorvo e eu fito o vazio. Este vazio, cheio de tudo e de nadas.
A vida não parou, pelo contrário, preenche-me o tempo livre. Também não avançou e pouco de novo há para contar e nos tempos que correm começo a achar que isso não é mau. Apenas quando não há novidades reais, prefiro não inventar sobre as antigas que já cheiram a velho.
Tudo sabe a novo numa mistura com mofo. O tempo está encoberto pela dúvida dos meus passos gigantes em pés de princesa e ultimamente o espaço que ocupo na vida de algumas pessoas, é maior do que gostaria ou mais pequeno do que anseio. Deixei de ser crente. Não há meios termos na minha vida. Sempre um 8 pequeno ou um 80 gigantesco que me fazem pulsar o sangue em mais pressão do que a que sinto aguentar. Acostumo-me àquilo que sempre me revoltei e revolto-me por coisas que nunca dei importância... Pergunto ao espelho ansiando por uma não resposta, se é isto que significa envelhecer ou se o tempo continuou e eu é que fiquei parada. O que me assusta sinceramente é exactamente o não querer saber. Continuo segura em passos incertos. Sonhadora em mundos de pesadelos. Directa demais numa verdade que sempre magoa. E no fim disto tudo? Não quero mesmo saber. Dos sonhos que tive e deixei para trás. Dos sonhos que outros destruíram. Do que pensam de mim. Tudo isso só me fez mais forte e fria, num coração de quem ama a quente e age por impulso. E então? Que adianta dizer mais?
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