segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Dreaming with someone else's dream



Eu podia explicar-te. Se tivesses tempo. Se não estivesse a chover. Num desses dias de sol, sentados numa esplanada sem pressa, saboreando uma cerveja enquanto as palavras me saíam ao sabor do vento. Eu sei que sim, que conseguia explicar-te a possibilidade das coisas que de tão improváveis, roçam o impossível. Podia. Se os tempos fossem outros. Se os dias fossem iguais. Se os países fossem o mesmo. Se o presente não estivesse presente. Voltas que o mundo dá por vezes mas ainda não deu.
Sabes uma coisa? A melhor forma de esquecer, não é, não pensar. Podemos fazer mil e uma coisas para nos distrair mas no entretanto em 5 minutos de pausa, tudo volta. A melhor coisa é mesmo fazer o que fizeste. Falar. Então, obrigada. Por dares voz a sonhos parecidos que sempre calo em mim por medo do seu peso. Sei que um dia vamos rir de tudo isto. À distância talvez. Ou talvez não. No entretanto temos sempre o hoje. O conforto de uma palavra amiga. Rindo dos demais e de nós mesmos. Respeitando limites por respeito a outros que não nós. Guardando o valor do agora e sonhando com o reencontro, anos luz do dia de hoje, às 13h. No café. Eu serei aquela de sorriso tímido mas gargalhada fácil. Lá te espero, não te atrases. Beijo na testa.

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