As horas passaram e eu não dei conta. Quando dei por mim ainda estava naquele lugar. Sem saber como, quando, onde ao certo... porquê... ida? Vinda? E a vida não me parece diferente. Sempre em constante reencontro e despedida. Será que aguento? Será que isto terá um fim? Uma vinda sem partida? Uma partida minha sem regresso?
E eu continuo ali. Naquele mesmo banco onde 5 minutos antes não estava só. O lugar ainda quente de quem só emana calor humano. E eu? Porque fiquei para trás?
Espero? Ou regresso? Parto? Quando?
É tempo de ganhar forças nas pernas e ir-me.. Saio finalmente numa postura que adopto os restantes dias do ano... de pessoa inatingível, de alguém a quem o mundo inteiro não interessa e de quem parece nem ter ouvidos para outros. Não sou eu. É a mascara que uso sempre que estou insegura ou triste. Em passos fortes e seguros, caminho como se tivesse todas as certezas do universo em mim mas na realidade, na minha teia cerebral complexa apenas paira uma questão, quando? Hoje? Amanhã? Daqui a uma semana ou mês? E desculpa se avanço mais depressa do que aquilo que é de esperar mas tenho pressa em chegar. De recomeçar a vida que parou ali naquele banco triste e agora vazio. Outros certamente se sentarão ali... será que eles sabem, no tempo em que esperam, o que é amar? Será que são felizes? Será que também eles aguentam as constantes idas e regressos ou desistirão? Continuo... Sempre sem parar. Porque às vezes tenho medo que se o fizer, tudo caia à minha volta.. Que o desespero tome conta de mim.
Quando?
Não te sei responder. Assim como não consigo fazê-lo a mim mesma. Parece tudo sempre tão incerto que fica difícil acreditar. Eu, eternamente confusa e complexa mais a minha vida desorganizada a tentar encontrar um caminho que faça sentido... Já o encontrei, só falta saber quando partir...
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