Não te esperava assim. Não pensava encontrar-te, perdido em pensamentos num banco de jardim, à minha espera como quem espera nada nem ninguém.
Quando subi a rua, vi ao longe quem não pensava encontrar. Vi a silhueta de um homem que contemplava o espaço que o rodeia, com um olhar cheio de tudo. Vi alguém que nunca tinha visto num corpo familiar. Sorri. Porque ver-te assim sozinho e calmo, foi bom. Para variar.
Não. Não te esperava assim. Talvez acompanhado por alguém, perdido em conversas que desconheço e apanho a meio, e que com alguma indiferença, finge a surpresa do nosso encontro.. Mas não assim. Disponível ao contacto, disponível em tempo e palavras, disponível, directo e confidente.
Hoje subi aquela rua e vi um novo tu. Ou então vi apenas quem nunca tinha visto. Seja como for, ver-te assim, foi uma foto que levo comigo.
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