Yep... i'm thinking about you

Quanto custa um café?

Estas palavras são mudas. Ninguém as sabe para além de mim. Ninguém as ouve porque não as conto. São escritas por mim, a ninguém. São extractos de conversas sem existência real, contadas por ti como se fossem vividas por qualquer um de nós. 

Tu contas, eu ouço e não as conto. Pedes-me segredo sobre algo que nem existe e eu encho mais um pouco. Perco-me na dúvida de guardar segredo da própria mentira, ou na possibilidade da sua revelação.... E é isto que me dás em troca de um café. Uma mentira que me faz questionar a veracidade de outros cafés... uns fracos, outros fortes... qual deles foi o tal? O que se entornou numa mesa, manchando a confiança?

E eu continuo a ir ao mesmo sítio de sempre... arrastada pela ressaca da cafeína, na esperança que tudo não passe de um sonho mau. "Eu vou acordar"... "Agora?"... "talvez... AGORA?"...

Nada mais me segura aqui. Tudo morre naquele café quando me matas aos bocadinhos... nada sobra... resta saber a quem vais contar a tua mentira agora?

Frase do dia

"Once by my side, you will always haunt me..."

Será? Hm... tenho cá as minhas dúvidas nos dias que correm...

Thank's . . .really. . . =)

P.S.- tive foi de arranjar outra forma de ouvir esta =)

Connections

Nunca sei se quando falo contigo, será de facto, a última vez. Assim... o dia em que nos fartamos um do outro e simplesmente desligamos... primeiro as conversas, as palavras, depois, a boca, por fim o pensamento.

Nunca sei quando estou a mais, da mesma forma que nunca sei quando estou a menos... Tu não falas, eu não pergunto e o que nos une, é uma linha ténue de acontecimentos quotidianos... circunstanciais, breves, frágeis...

Talvez se a realidade fosse diferente, nos déssemos mais e melhor, talvez se o tempo fosse outro, se a vida por vezes não custasse tanto a passar, ou se pesasse menos... Não saberemos responder aos "talvez", assim como não o sabemos fazer com os pensamentos que nos assolam a cabeça, mas que não revelamos, seja qual for o motivo... o teu, porque o meu, sei-o bem... Sei que tentaste perceber e eu nada pude explicar... Estou de pés e mãos atadas, a depender dos breves momentos de contacto, até que provavelmente, um se lembre de esquecer o outro...

Oh valha-me... alguém!

E pronto... o Artur ainda mal chegou e já nos brindou com uma das suas muitas piadas...

ARTUR: ... é pah não sei, é nesta zona (indicando para as nádegas)... estes músculos..

EU: Ahhhh, são os glúteos...

ARTUR: Não! É o músculo perónio superior traseiro ou lá como se diz...

EU: Ah???

ARTUR: Tens razão, não se chama assim... é o tendão do fémur!!

 Oh valha-me Deus... O.O

Avenida dos "alienados"

O metro vai cheio a esta hora. Cheio de gente, cheio de sacos e malas que entopem o caminho, cheio de sujidade dos que fazem do chão, caixote de lixo, cheio de pessoas que não interessam a ninguém, que cedem lugares aos idosos só porque outros olhares os recriminam...Alheia a isto, foco a minha atenção na música que grita aos meus ouvidos, pede clemência e novas vistas. Não! Nada me vai deprimir. Não mais do que já é costume. Podem soltar os cães, berrarem, espernearem, baterem, nada é mais forte que o meu desejo de me abstrair desta realidade. Caminho finalmente, pelas ruas tantas vezes massacradas pelos meus pés... e pelos demais... umas vezes a correr, outras a andar, a saltar ou simplesmente parada a contemplar a beleza (agora menor), deste sítio.

A um canto, sentam-se as espanholas que de malas aviadas, estão de partida, não sem antes dar uma lição de boa educação ao empregado de café, mostrando-lhe que ser simpático não dói nada e é à borla. E ele finge. Todo ele é fingimento. Finge que gosta do que faz, finge que é simpático e por fim, finge o sorriso... tudo nele soa a falso, cheira mal e transforma-o numa má pessoa.

Ao lado das espanholas, passam as mães adolescentes que engravidaram na primeira vez que acreditaram num conto de fadas do arco da velha... não tiveram coragem de abortar e hoje, são as mesmas adolescentes  revoltadas num corpo deformado, arrastando as crianças pela mão, enquanto lhes berram por não quererem um chupa-chupa... E eu na mesma... não há nada... nada que me deprima mais do que a triste realidade.. música.. preciso de música para evitar ouvir o que dizem num português rasca e estranho de quem nem a quarta classe parece ter.

Frase do dia

" Oh não! Chegou o Artur!!!! Acabou-se o nosso descanso... a partir daqui, é calmantes e muita, mas mesmo muita, paciência! Seja como for, welcome back Sir Arthur..." =D

More and more

Olhares

Mais uma vez aquele olhar. De confronto mudo, de cumprimento silencioso, um olhar que fulmina mas não cega... É um olhar de variadas explicações possíveis, que eu capto como um misto de fúria e ódio quando contemplas quem de forma desconhecida te conhece os actos. 

Pelo meio alguém me relembrou que "cada um é como cada qual" e eu percebi que estava realmente a passar a impressão errada. Nunca foi minha intenção "pisar-te os calos", condenar-te pelo que és ou pelo que poderias ser, isso realmente são coisas que cada um deve decidir, o que tentei, foi chamar a tua atenção para as mentiras que giram à tua volta, que estragam quem és e que afectam quem te rodeia. Não foi isso que consegui explicar... mas realmente nunca ninguém disse que eu era clara no que dizia... e eu devia saber, devia ter ficado quieta e calada, cortar o mal pela raiz e fazer como o resto das pessoas que fazem de conta que ouvem... por isso peço perdão, se de alguma forma te magoei ou irritei, a partir de hoje deixo-te "livre" entre aqueles que ao contrário de mim, nunca farão um esforço para te compreender.

E hoje...

 ... não esquecer que muda a hora... portanto, toca a acertar a hora e a adiantar os ponteiros, não para as duas, mas para o verão, que sem repararmos, está aí não tarda muito. E nem quero saber se durmo menos uma hora, quero mesmo é que o verão chegue rapidinho que já estou farta de parecer uma morta viva. 

Ups... tenho é menos uma hora para desfrutar o Sábado... portanto... fui! Até amanhã à hora certa no tasco do costume.

It's saturday, and i am the....

Saudade

"If I had just one wish
Only one demand
I hope he's not like me
I hope he understands
That he can take this life
And hold it by the hand
And he can greet the world
With arms wide open (...)"

Encontros desencontrados

Ela pensa nele, todo o dia, esteja sozinha ou não, a trabalhar ou em lazer. Ele, pensa nela quando convém, num intervalo do mundo e da própria vida.

Ela aproveita todos os momentos, segundos e centésimos de segundos do tempo que gasta com ele, para tentar mudar o que não se muda... na esperança que "hoje" vai ser o dia que ele vai ceder. Ele, aproveita os momentos que está com ela, para forçar um sentimento que não existe. Procura, sem encontrar, algo que justifique aquele encontro.

Ambos caminham em linhas paralelas, sentidos contrários, nunca de mãos dadas e no meio de tanto desencontro, a única coisa em que ambos estão em sintonia, é que os dois procuram respostas, para as quais nunca existirá uma explicação. A bem dizer, nem sequer existe uma pergunta definida... não se questiona o que não existe.

Back to 90's

Depois de muitos anos, quis o destino atirar-me de volta aos anos 90, quando me presenteou com esta música... fez-me lembrar as vezes que a dancei e cantei até à exaustão... Se podia ser melhor? Podia, mas não tinha tanta piada =)

Momento da noite O.o

ELA: Fogo pah, estive eu a por-me bonita e tu nem me ligas....

ELE: Hã??? Mas eu ligo...

ELA: Não parece...

ELE: Claro que ligo, ainda ao bocado liguei... e tu atendeste o telemóvel!!!!

ELA: .....

Estes brasileiros partem-me toda ^^

Pois esta semana, descobri a causa das dores de costas do "daddy"... uma coisa gira chamada Estenose Lombar, que é, trocando por miúdos (com mais de 18 anos para não me acusarem de pedofilia), o estreitamento do canal medular, na zona lombar... Bem, mãos à obra e desato numa busca "internáutica" para melhor compreender a situação... foi assim que me deparei com a Estenose Vaginal... pela lógica, estreitamento do canal vaginal... motivo? Segundo os brasileiros, falta de manutenção do mesmo! AH AH AH AH! E como pode parecer duvidoso, fica aqui a prova: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estenose

P.S- claro que tudo isto tem uma explicação lógica... mas assim à primeira vista, que é como quem diz, à primeira leitura, não deixa de ser um tanto ao quanto, manhoso =)

Frase da madrugada

"(...) but i only use half pacotinho" ah ah ah ah ah ah ah ah ah

Frase do dia

" I hate when people lie to me..."

Piada do momento

Numa ida ao pão quente da zona, eu e ele demos de caras com uma empregada bastante afónica. O que se segue foi o final da conversa:

EU: Boa tarde e obrigada... ah, e as melhoras...

EMPREGADA: Obrigada menina!

ELE: Fogo, e ainda desejas as melhoras a uma benfiquista?

EU: Como é que sabes que ela é benfiquista?

ELE: Porque está afónica, deve ter passado o fim de semana todo a gritar benfica!

Espírito da tarde chuvosa e cinzenta

(depois de ver uns certos blogs de futilidades femininas e afins... é que há gente que se acha mesmo demais!)

AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH!!

Falar sem dizer

Estou farta de conversas que surgem por tua iniciativa e acabam como se eu é que violasse constantemente o teu espaço. Em mim procuras apenas os motivos para te chateares, e assim, de propósito, pegas em conversas que sabes que eu irei contrariar, verdades que vou dizer, como que na tentativa forçada de me odiares, criando uma ideia que só existe em ti e iludindo a tua vontade.

Já não me procuras, é certo, embora eu nada tenha feito senão talvez, ser eu mesma... A tal que gostaste em tempos e agora te obrigas a odiar. Sei que algo ou alguém te alimentou as ilusões e mentiras, não sei se por mau fundo ou simples vontade de vingança... Tenho pena que assim seja... julgava-te mais e melhor, julgava-te forte e alheio ao "diz-que disse" de quem apenas julga conhecer-me, única e exclusivamente para captar a tua atenção... O erro foi meu. Por querer ver em ti quem afinal não és. Pensei mesmo que te destacavas dessa multidão que se esfola e arranha por um pouco de protagonismo no teu filme... afinal de contas, não és quem aparentas e muito menos és, diferente dos demais... És sim, um menino inseguro das suas acções, com medo de sentir, disfarçado num corpo envelhecido.

Homenagem às minhas origens espanholas :D

P.s.- é pena é que o vídeo termina de forma estranha =)

Pensamento da tarde

Se esta rua fosse minha

Já se foi o dia em que esta rua era minha... Era minha e de quem me viu nascer, era da merceeira e suas filhas que vendiam as "gorila" ao preço da chuva, do dono simpático do café que por ali deixava o engraxador fazer uns trocos a engraxar os sapatos de quem tomava café (e às minhas botas ortopédicas), ou a varrer o chão, salvando a sua família da miséria eminente, era dos putos de rua que não roubavam os desta rua, era da minha vizinha velhinha que comunicava comigo através de toques na parede, era dos donos do tasco em frente, dos seus três filhos e dos melhores panados com arroz de feijão que alguma vez comi... Sim, esta rua já foi minha e agora é de ninguém.

Os que me viram nascer, já eu vi morrer, a merceeira abre a loja com garrafões de água comprados no supermercado ao lado, uma das filhas fugiu e a outra que ficou é alcoólica, o homem simpático do café passou-o a um antipático, o engraxador morreu e as suas filhas, bem como as netas, são prostitutas, tendo cada uma 3 ou 4 filhos de pais diferentes e na casa onde viviam, moram agora os ratos, os putos de rua são agora bandidos a sério e chamaram outros de fora que roubam esta rua, a vizinha definhou até à morte e ninguém mais bateu na parede, e o tasco... fechou depois da morte de um dos filhos. É agora um prédio, de gente que não conheço. 

Esta rua que já foi minha, está agora entregue a caras que mudam ao fim de um contrato de arrendamento, gente que não veio para ficar e que não se dá a esta rua... gente que deixou que a vida inteira dos outros fosse esquecida, como se nunca tivesse existido... Esta rua passou a ser fria, desconhecida, impessoal, vazia, suja, estragada e mera passagem de camiões que abrem rachas nas casas centenárias, destruindo o pouco que sobra e que certamente irá dar lugar a mais um prédio de gente que não se conhece...

Se esta rua fosse minha, voltaria a ser nossa.

E hoje...

... hoje nada me afecta... chegada a casa depois de uma tarde magnificamente ensolarada, algures nesta cidade cada vez mais cinzenta e suja, é certo que há sempre alguém descontente com a felicidade dos outros, invejoso por não ter a mesma sorte, que terá sempre algo a dizer ou a apontar... I don't give a shit! 

Toda a vida me disseram que nas costas dos outros, leio as minhas... mas nós somos humanos... primitivos, burros, ingénuos e sempre tapamos os olhos às sucessivas facadas nas costas dos outros, dadas por alguém que consideramos amigo.... Até ao dia que sentimos um golpe agudo na parte traseira, aqui seria o momento de nos virarmos de frente, mas não! Atribuímos a culpa a um jeito mais desconexo que demos... no dia a seguir, outra vez... e em vez de resolvermos o problema pela raiz, damos-lhe analgésicos.... Depois de tanta dor constante, em que já nada a tira, talvez aí, alguns de nós associaremos à velha sabedoria... que pelo mundo fora, mais perto do que possamos pensar, há alguém que não hesita sequer em dar-nos uma facada quando está em causa salvar as suas peles de lobo mascaradas de ovelha...

Assim... eles tentam... e eu faço de conta que deixo... nunca neguei a ninguém que sou lobo mas não me disfarço, não ataco de forma cobarde como quem teme a defesa do adversário, ataco de frente... posso fazer de conta que me "deixo comer de cebolada", mas só e apenas porque no fundo, quem ficará com o papel de vilão será quem mente... quem nos engana descaradamente mesmo quando não há razão para o fazer... ao fim de contas, o mal não é sermos cegos, ou alguém dar a facada nas costas... é sim, a mente distorcida e compulsiva de quem vê o mal em todo o lado, roído pelo ciúme e inveja... quanto a mim, continuo a sorrir... até ao dia que o "estrugido" queimar... Ainda não é desta... Ponho água na fervura, perdoando os que mentem mesmo depois de eu lhes pedir para não o fazerem... Será que sabem o quanto odeio mentiras? Será que me acham assim tão estúpida, continuando a representar eles mesmos esse papel?

Totally addicted ^^

Pensamento da madrugada

E agora dá-me para isto... dar um jeito ao pescoço num movimento repentino e em vez do habitual praguejar, sair-me algo como: "Maldito esternocleidomastoideu mais a porcaria da contractura grave"...

O que me salva é que as massagens são por conta da casa e se as tenho à borla há que aproveitar! O meu trapézio agradece, bem como o esternocleidomastoideu, a minha lombar então nem se fala e eu mais ainda, por este miminho vindo das mãos dos outros.

P. S.- Já agora, sem querer abusar, dá para ser geral?

"Time is running out"

Navego pelo pensamento. Deixo-me ir com a força da maré que me arrasta ao fundo... é tarde e não tenho forças para lutar... Já nada me segura em mim mesma tal e qual me conheço... por isso vou... madrugada abaixo, pensando que todos os dias acabam... inevitavelmente todos os dias são noites também... e assim, inspiro cada fracção de tempo consumida pelo receio que mo tirem... É meu... é teu... é nosso e ao mesmo tempo não é de ninguém. É dele. Nós é que lhe pertencemos, não o contrário. É ele que decide o tempo que nos resta, a mim, a ti e a todos.

E eu absorvo mais um minuto. Gasto-o a pensar na realidade que insiste em nos separar, naquilo que espero, sem saber o que esperar, e no tempo que se esgota neste lugar. 

Indiferente a tudo, a todos, a mim, dormes o sono dos justos nesta cidade de injustiçados, alheio ao que digo, sinto e penso... faça chuva ou sol, dia ou noite, sóbrio ou ébrio, dificilmente seremos um... dificilmente os corpos se tocarão como desejamos, enquanto não encontrarmos o tempo para nos ver e ter.

E no entretanto, continuamos aqui... a arrastarmos-nos pelas ruas e calçadas, à procura não sei bem do quê, escravos do tempo, dos outros e de nós mesmos, sem forças para nos lançarmos ao desconhecido... todos os dias são noites, porém, depois de todas as noites, chega um novo dia... mais um... ou talvez não.

Spring time

Finalmente... não a primavera mas a aproximação ao verão... e foi com este pensamento que saí de casa em direcção a uma esplanada, aproveitando a folga do S. Pedro... sentei-me numa mesa de café e bebi-o...óculos de sol e "espraiada" na cadeira, ao som de... hum... de várias coisas, a observar os demais... Os corpos que se entortavam nas cadeiras ao lado da minha, os estrangeiros mais à frente a delirar com o sítio e eu a delirar com o sítio deles, os casais de namorados tipicamente de domingo, jovens e cheios de sonhos que aquele amor vai durar toda uma vida, desconhecendo o que eu sei, que nestas idades o "para sempre" tem a duração de uma semana, no máximo um mês e que entretanto haverá muitos outros... ou talvez não... mas até lá, vivem o hoje como se fosse já um futuro... De resto, só mesmo as famílias da aldeia que retornam à cidade grande para mais uma tarde de compras no shopping... esse sítio estranho, cheio de luzes e promoções enganosas que os iludem e os fazem esquecer a crise, no meio de compras supérfluas, aumentando ainda mais o bolso roto das calças ... Viro-me para outro lado e dou mais um gole no café... presos ao inverno ficaram aqueles que caminham com o peso do mundo às costas, no outro lado do passeio, alheios ao que se passa à sua volta, semblante carregado, alegria escondida talvez à procura de um bom sítio para se suicidarem...  O suicídio não é um acto público, por muito que muitos queiram chamar a atenção... talvez por essa ideia me tenha posto a pensar que um suicida num café nunca chamaria a atenção... por muitas pessoas que estivessem à sua volta, ninguém suspeitaria que aquela pessoa estaria ali não para saborear um café, mas para se matar... assim... como a última ceia que dão a um condenado à morte... com tudo o que querem, sem terem de pagar... um último café, quiçá um bolo e pumba! Foste! Não. Ninguém vai para um café suicidar-se... e os que vão, apenas ameaçam... Não têm os mesmos motivos que alguém que o faz sozinho, longe dos olhares dos outros... Descanso... Não vou ter que assistir a uma morte hoje. E assim fico esperançosa que amanhã vá surgir algo ou alguém que lhes vá mudar o pensamento... Cruzo as pernas... último gole no café... meia de letra no papel... em inglês... língua fácil para mim, diferente e muito mais fácil que a minha... e contra olhares coscuvilheiros dos que se esgueiram na cadeira para tentar ler. Escondida por entre palavras escritas, esqueço-me do quanto odeio domingos... A primavera chegou, o verão está mais perto e hoje, hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.

"snooze"

Sábado. 8 horas da manhã. Toca o despertador e eu, sem abrir o olho, estico o braço mecanicamente até ao botão "snooze". Silêncio. 10 minutos depois, quando me pareciam ter passado apenas 10 segundos, toca outra vez. Novamente o silêncio. Mais 10... aqui, abro o olho, irritada por me ter enganado e posto o despertador a um sábado de manhã. Silêncio. Paz. Sono, muito sono. Não tocou mais. Falhei o "snooze" mas acertei no "off". Não sei quanto tempo passou até uma palavra me surgir na mente, não sei se desperta ou ainda a sonhar: "TESTE"! Mais 10 minutos a revoltar-me contra quem marcou um exame para um sábado, enquanto me revirava para o outro lado. Banho, depilação, mochila e mais importante que tudo, estudar o que a semana não permitiu. Mais uma volta na cama. Lá teve de ser. Podia ter sido melhor, mas não senhor! A água estava pouco quente, o frio estava demasiado frio, a roupa ficou esquecida no quarto o que me obrigou a um sprint matinal em toalha pelo corredor, a arrepiar os pêlos que tinha acabado de depilar e saí de casa à hora que devia estar a chegar ao curso. Bati a porta, chuva! Passo acelerado como que a evitar as pingas e a perda do metro. Recta final do caminho e pensei que tudo podia ser pior... afinal de contas, o teste era só de tarde, a manhã era para revisões, depois o almoço e eu tinha tempo de sobra para estudar. Senti-me tão relaxada com este pensamento que me dei ao luxo de ficar mais uns minutos à conversa com um colega meu. Subimos as escadas, bato à porta e deparo-me com um monte de miúdas semi-nuas, deitadas nas marquesas a receberem massagens... upsssss sala errada... Nova porta, estava uma turma a fazer exame... uuuupsssss, era a MINHA turma! Ya... podia ter dito "desculpe o atraso" ou outra coisa do género, mas só me saiu um: "mas eu ainda não estudei...". Sentei-me. O que se passou na seguinte hora ainda permanece um mistério na minha cabeça... quando dei por mim estava a almoçar para ter exame prático à tarde, sem tempo para comer quanto mais para estudar... E aqui sim, tudo podia ter sido melhor... comida, energia para pensar melhor... mas quis o destino que eu pagasse 4 euros por um prato de frango mal cozido e com as tripas à mostra (limpar o frango dá muito trabalho e comprá-lo limpo é mais caro), com uma sobremesa apetitosa que não tive tempo nem para cheirar, incluída... Corri para a casa de banho, não sei se com vontade de limpar a tripa ou de a deitar cá para fora, mas em vez disso, só tive tempo de trocar de roupa e entrar no exame... Quando dei por mim, tinha o professor a perguntar-me se fazia hipertermoterapia ou crioterapia numa ruptura muscular inicial no trapézio esquerdo... "what the fuck?"... e como quem não queria a coisa, "que modalidade de electroterapia usaria e a que frequência"... Como diria o Richard: "ohhh ssshiiiitttt!"... e eu continuava a pensar: "mas eu não estudei... frequência zero e ondas pulsadas que piscam em vermelho na minha cabeça!".

Resta esperar para saber a nota... "Se podia ter sido melhor? Podia, mas não era a mesma coisa....".

Porque esta me faz dançar e me dá força para o que aí vem....

E porque hoje também é dia do Pai...

Parabéns Pai =)*****

E porque hoje é o dia do sono...

... ficam aqui algumas curiosidades:

- Existem 80 perturbações diferentes do sono, em que as três com maior incidência são: Apneia do sono; síndrome das pernas inquietas e por fim, narcolepsia... 

- Os especialistas recomendam: dormir só quando tiver sono; não tomar estimulantes; não fazer actividades intelectuais perto da hora de dormir (lá se vai a minha leitura na cama); e por fim, dormir não 8h nem mais ou menos, mas sim as horas que considerarmos necessárias ao nosso bem estar.

- Conselho aqui do tasco: Vai dormir que o teu mal é mesmo sono... e como tal, devíamos todos largar o que estamos a fazer e ir dormir... que com este tempo e uma mantinha quentinha... hm... vou ali e já volto.

Frase da noite (only for you)

... Incrível como basta uma mensagem para me deixar tão contente... so, thank's for that... i really missed you! Welcome back J.

Frase do dia

Adoro quando as pessoas só se lembram de mim quando não têm mais nada para fazer...

AH AH AH AH Eu não disse que este filme era comédia?

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Sábadoooooooooo ^^

Eu sei que está na altura de mudar de país quando...

... quando vou na rua e passa por mim um desses gajos que não interessam ao menino Jesus, labregos q.b. a empurrar um carro com duas gémeas pequenas como se fossem um saco de batatas, virado para mim a dizer a plenos pulmões: "ahhh xixa boa!", não obstante o facto de eu estar acompanhada por uma presença masculina... metros à frente e ainda a olhar para trás, passa uma figura (no mínimo estranha), por ele, que deve ter ouvido a mesma boca, no entanto, era um travesti... ia ao telemóvel e quando passou por mim dizia algo como: "Oi amorrrr, sou completxinhaaah"... Gargalhada estridente até casa!

O que fui e teimo em ser

Eu nasci ontem. Hoje acordei com 28 anos. Ontem jogava ao pião e fazia carrinhos de rolamentos com o meu irmão, hoje brinco com o meu sobrinho. Ontem era a jovem de liceu que se revoltava por tudo o que não tem pelo que revoltar, tinha os primeiros amores e desamores, hoje observo a revolta dos outros por coisas que já me cansaram e vejo os amigos a casarem não tanto pelo que sentem pelos parceiros, mas apaixonados pela ideia que têm do casamento, ou por acreditarem que esta é uma das nossas únicas boas acções na vida... e tudo fica assim... resumido a um nascer, estudar, emprego, casa e casamento, filhos, netos, com sorte, bisnetos e morrer...

Ontem, pensava que isto não fazia sentido algum para mim. Agora penso que se ontem assim o pensava, hoje, ainda mais certezas o tenho... que essa não é a vida que procuro, ou pelo menos, não unicamente e que me recusarei com todas as forças que me restam, a não ser mais uma no meio dos que envelhecem antes do tempo.

causes me shivers

"I don't feel alright
In spite of these comforting sounds you make
I don't feel alright
Because you make promises that you break
Into your house
Why don't we share
Our solitude?(...)"

"estate"

Home alone

Há dias assim... em que quando me deparo sozinha em casa, só me lembra ainda mais, da vontade que tenho em viver sozinha... numa outra casa e de preferência noutro país... (ainda mais convicta disto, depois da conversa com o Richard)...

Sonhar o sonho

Mais uma noite entre o dorme e o desperta. Não estavas aqui. Não fisicamente. Estavas como sempre, perto de mais para me acordar e longe de mais para que te pudesse tocar. Os sonhos, esses já se sabe, sonho-os sempre distorcidos da realidade, impossíveis de os viver, mas suficientemente significativos para sentir a revolta de não os ter verdadeiramente!

Lembro-me que não estava muito inconsciente, estava na fase a que muitos chamam "passar pelas brasas" e lembro-me de me teres tocado... de me empurrares delicadamente para uma porta atrás da qual nos fecharíamos para nos entregarmos à paixão... foi como se estivesses aqui... os gestos, poucas palavras, tudo foi sentido ao mínimo pormenor, com direito a aumento de ritmo cardíaco... e no fim, o fim... tão depressa como começou, de volta a tudo o que conheço de ti... triste... fechado em si mesmo, calado, susceptível a toda a podridão da realidade... Acordei. Não sei se mais chateada por não ser verdade ou se magoada com a falta dessa mesma realidade. Cinco minutos de sonho foram os suficientes para horas de insónia.

Mas porque raio esta música hoje não me sai do ouvido....

Portugal no seu pior (2)

 

Depois de uma trovoada imensa, descobri que o meu aparelho da tv por cabo tinha ficado danificado...  Vai daí, peguei no manual de instruções que o técnico deixou aquando da instalação, para tentar resolver o problema, antes de gastar rios de dinheiro a ligar para uma dessas linhas de valor acrescentado, em que nos deixam horas à espera para quando nos atendem começarem com perguntas estilo: Sabe o que é um cabo?.... Pois bem, nada de mal até aqui... tudo muito bem explicado, só precisava de fazer "reset" e se depois disso o problema não ficasse resolvido, aí sim, teria que chamar o técnico! O que acontece, é que nem o desenho do descodificador era igual ao meu e nem o meu descodificador tem o dito botão do "reset"! Ou seja, este manual de instruções não era deste aparelho! Mas na capa diz que é universal... Sim, de facto, nalgum sítio do universo ele há-de fazer sentido... mas não aqui!

Portugal no seu pior (1)

Passaram-se anos até que eu decidisse voltar ao meu centro de saúde de sempre, para pôr a vacina do tétano em dia... quando lá cheguei, informaram-me que estava enganada, que aquele nunca tinha sido e continuava a não ser o meu centro! De boletim de vacinas bem velhinho em mãos, mostrei-lhe, ou tentei, que era ali que ia desde o dia um da minha vida... "Não!"- responderam-me... parecia a vez em que me dirigi ao hospital onde nasci e me disseram que eu nunca lá tinha ido! Só porque não tinha dado entrada nas urgências em cinco anos! (depois disso os ficheiros limpam-se e é como se não existíssemos!!)... como se eu ainda tivesse que lhes pedir desculpa por ser saudável! Continuando... lá me deram a vacina, mais por favor e continuando a acreditar que os carimbos com o nome do centro de saúde, seriam falsificados! Escreveram 2012 e eu vim embora, prometendo a mim mesma não voltar a falhar no dia... neste caso, no ano... Pois o que acontece é que hoje de manhã recebi um postal de lá, a dizerem que tinha a vacina em atraso... Ora bem... do mesmo centro onde supostamente e segundo eles, não pertenço! Dizia para ligar para um número e assim o fiz, decidida a devolver o sermão de há oito anos atrás... o que relato a seguir é a conversa mirabolante que tive com a operadora!

EU: Boa tarde, liga-me à extensão 327 por favor?

VOZ 1 ENFADONHA: Ah? 327? Que 327?

EU: O que se passa é o seguinte (...) e daí, 327!

VOZ 1: Vou ligar... (música)...

VOZ RESSACADA E MOLE 2: 'Tou?

EU: Boa tarde, é o seguinte...

VOZ 2: silêncio.

EU: Estou?

VOZ 2: Tou a ouvir...

EU: Pronto, já disse! E agora?

VOZ 2: E era para aqui? Deve ser a 322 ou 324, não a 327!

EU: Mas aqui no postal diz claramente em letra de primária 3-2-7!!!

VOZ 2: (música)

VOZ 2: (silêncio)

EU: (a pensar que era já uma terceira pessoa)... boa tarde eu...

VOZ 2: Olhe, já falou comigo uma data de vezes, a chamada não foi atendida na enfermagem!

EU: Muitas vezes??? Bem e agora?

VOZ 2: Não sei.

EU: Se calhar é melhor passar aí pessoalmente.

VOZ 2: (silêncio)

EU: ESTOU??

VOZ 2: Não sei.

E pronto, desliguei, que depois destas duas, considero ir lá só para apanhar a vacina anti- raiva antes que as desfaça!

Aviso de última hora

Mas dá para pararem de me mandar bocas com a derrota do F.C.P. ontem à noite frente ao Arsenal?? É que me farto de avisar mas parece que ninguém me ouve, então eu repito e a bom som: Eu também estou contente!! E devia perder todos os jogos! A ver se este caramelo se põe a andar!

Tenho dito! Quanto às outras equipas, qual é a vossa desculpa? Quero-vos ver! Ahahahah!

Porque esta música me recorda o fim de semana...

Cinco décadas de revolta

E hoje sim... um bom dia de aulas com direito a almoço de convívio entre colegas, professor e directora, sem sequer se tocar no nome do curso... Muito se riu ali... e comeu... (aiiiii....)! A única que não se juntou a esta mesa, por achar que éramos um bando de alarves à procura da celulite, foi exactamente a única que não faz falta... Há pessoas assim, a quem a idade, que dizem trazer sabedoria, apenas trouxe amargura e antipatia... só porque sim, sem ela entender o porquê, mas sem réstia de arrependimento... E depois, há constatações como estas, que enquanto uns dão o litro a estudar prática e teoria, outras têm uma tal "cunha", que se dão ao luxo de reclamarem o que ganham a trabalhar em reabilitação, sem saberem ainda, a anatomia! Seria o mesmo se eu resolvesse dar aulas de chinês sem saber uma única palavra dele... É, enquanto isto continuar assim não vamos a lado nenhum!

E ontem falou-se do... dia da mulher

E ontem muito se falou do dia da mulher... lá andavam elas, de florzinhas nas mãos... Recusar uma flor é uma ofensa e raramente as mulheres o fazem... pessoalmente, para mim é só mais um dia... como aquelas invenções estilo "dia dos avós", "da mãe", "do pai", "da criança"... mas por acaso só somos avós, pais ou criança, um dia por ano? E se sim, porque não o dia "do gato", "do cão", "do irmão e irmã"? E o dia do "homem"? Acho sempre tudo muito a roçar o ridículo, se não nos lembramos das mulheres o resto do ano, ficará bem dar-lhes uma flor uma vez por ano? 

Para mim ontem não foi dia da mulher, mas sim do homem... porque homens a darem flores às mulheres, ou como vi hoje no jornal, os directores da PT a oferecerem-nas às suas funcionárias, realmente sim, isso na maioria das vezes só acontece uma vez por ano!

Desespero

E pronto... depois de horas à volta do computador, a perder dados e a recuperar metade, perdida algures entre modelos para o blog e códigos HTML, finalmente parece que consegui fazer qualquer coisinha de jeito... ou não... Na realidade estava um pouco farta daquele cor de rosinha todo... por muito que goste, 3 anos após tudo ter começado, faz alguma comichão! Espero que gostem... eu gosto e os meus olhos agradecem.

Problems...

Venho por este meio informar que ando em obras no blog... por isso tem este aspecto miserável... prometo que volto com ele em melhor estado... até já =)

Com a cabeça aqui...

Frase da noite

Se eu podia ser estúpida? Podia, mas isso era ser igual a tantos outros...

Just wanna say...

Pensamento da noite depois do fantasporto

Era suspense (tentativa furada de terror), ou comédia? E para que foram as palmas a cada cena macabra? Os putos de 18 anos de crista na cabeça, totalmente anarquistas, anti-cristo e afins a gritarem "ai meu deus"??? E no fim a dizerem que o filme era muito hardcore? Hm... sinceramente depois de ter visto o REC 1, não devia ter tido muitas expectativas para o 2!... Mesmo assim, é uma COMÉDIA, bem mais interessante que a primeira... saltos na cadeira? Zerinho! Tsc tsc...

P.S.- O melhor? A curta metragem antes do filme... em francês! "Toute ma vie"...

Fantasporto para hoje... EU VOU! ^^

Pensamento da noite

Acho piada às pessoas que se dedicam a ser antipáticas a maior parte do tempo, sem quererem saber quem magoam e quando nós lhes damos um bocadinho do seu próprio remédio, ainda se acham no direito de ficar mais amuadas! Mas que grande prova de maturidade! A mim já nada me espanta... só vem confirmar o que já disse...Tsc tsc!