domingo, 23 de novembro de 2008

Síndrome do dedo mindinho com cheirinho a Natal

Adoro esta época... todos os anos o ritual se repete... saio de casa em direcção à baixa da cidade, onde as luzes de Natal já brilham, as pessoas correm as ruas de uma ponta a outra ao som da música de um fulano qualquer, entre o cheiro de castanhas pelo ar... As lojas a transbordarem de pessoas, os restaurantes ainda mais e o empregados visivelmente menos antipáticos do que é costume.. Gosto de andar por lá a ver e sentir tudo isto... observar o que me rodeia e hoje gostei especialmente do que chamo "síndrome do dedo mindinho"... Pessoalmente odeio este tipo de comportamento, porque para mim a educação ou existe sempre, ou não existe simplesmente... fora das minhas opiniões, acho curioso... esse tipo de gente brejeiro mas comum, que cospe e deita lixo pro chão, não sabe que um "bom dia" ou "obrigada" é um misto de educação e de arma de ataque a quem é antipático connosco... e quando entra num sítio mais "in" estilo o "Majestic" (in aquilo??), assume uma nova postura... o corpo estica, os músculos contraem-se, o nariz arrebita e o dedo mindinho levanta-se em tudo o que pega... e ali ficam.. sentados numa mesa rodeados de talheres, copos e pratos, numa postura correcta mas desconfortável, para comerem pouco mas gastarem muito... E aqui se nota a diferença... de quem tem ou não educação... normalmente os que não têm, exageram... os que têm, reagem igual como em qualquer situação...
O que vale é que na baixa se anda a pé e o carro fica no parque de estacionamento, assim os empregados escusam de perceber que no lugar do "mercedes" do cliente, está na realidade o metro e que na carteira-imitação-de-pele-do-chinês, no lugar do visa gold, estão na realidade os talões do supermercado, o saldo negativo do último extracto bancário, o BI e 90 cêntimos para comprar o bilhete do metro...
Para quem sofre deste síndrome, não se preocupem... tem cura... basta levantarem o cu da cadeira e por um pé na rua que logo a má educação volta... infelizmente para a estupidez humana ainda não há cura...
É.. eu adoro a baixa nesta altura... o cheirinho a Natal e castanhas, apesar de não gostar delas, os comerciantes a venderem artigos do chinês 10 vezes mais caros, as pessoas a fingirem ser o que não são... a crise que se esconde... então porque vou lá? É fácil.. para não me esquecer de no ano que se avizinha, continuar a ser quem sou e não mais uma no meio daquela multidão... e se falamos de Natal, falamos de prendas... e se falamos de prendas, peço já uma ao pai Natal: 1 casinha na baixa =)*****

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