segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Diário de Bordo

E os dias continuam a passar. Devagar ou rápido, ainda não consigo entender. Continuam cinzentos, chuvosos e frios mas não da mesma maneira a que estava habituada. Aqui gelamos e quando damos por ela, já todos nós somos um bloco de gelo.
De resto tudo é extraordinariamente bom e educativo. Agora separo o lixo, guardo as garrafas de plástico e só atravesso a rua quando está verde para peões, caso contrário ouço uma data de insultos, apanho uma multa e ainda perco os 25 cêntimos por garrafa.
Aqui, também há criminalidade mas sabemos que pelo menos separam o lixo!
Ultimamente ando a pensar que: Há o mundo e depois há a Alemanha... e se eu tinha ficado chocada com a Irlanda, aqui levei uma chapada de luva branca no bom sentido! E confesso... que eu no meio da minha desorganização, gosto da organização e funcionalidade deles...
Por isso mesmo, não me arrependo! Vim para cá por todas as oportunidades que existem mas também para mudar a mentalidade que o ensino nos dá, que todo este país é mau e antipático... sinceramente consegui... de todos os alemães que conheci, recebi o abraço mais sentido e apertado de toda a minha vida. (Tirando família e amigos claro está!).
Devo estar a surpreender muita gente na terra que deixei para trás mas não a mim.. sempre soube que seria capaz de o fazer... só que ninguém acreditava... e claro que tenho saudades de casa mas o pouco que aqui tenho é o muito que sempre procurei lá e nunca tive. E claro que estar fora testa o limite de nós mesmos... eu sou a mesma mas sinto-me diferente... para melhor.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Diário de bordo 1

E é assim. Que o mundo faz sentido. Sair de casa, da cidade, do país, para onde nada é conhecido... nem as ruas, nem as gentes, os costumes ou a língua. Sair com medo de voar mas fechar os olhos, abrir as asas e mandar-me sem pensar.
As saudades de casa são muitas mas tudo cheira a aventura, a desconhecido, a terra nunca explorada e a mares "nunca antes navegados"... As saudades apertam sim, mas logo algo aqui me aperta o coração de emoção e felicidade.
Hoje acordei numa cama nova. Cedo demais, com o tempo lá fora a convidar para mais 5 minutos de preguiça e o frio a cortar a cara em 1000 pedaços... mesmo assim, dei por mim a pensar que não me lembrava da última vez que me senti assim tão feliz. Não me lembro de alguma vez na vida entrar nas finanças sorridente, ou de estar menos que 5 minutos numa fila de espera ou ainda de ter a burocracia pronta em mãos apenas em 3 minutos... Eu sei... a verdade é triste, mas a realidade é que não me lembro de nada disto porque nunca vivi num sítio normal em que tudo funciona!
E de resto... tudo cheira a novo... e isso, cheira-me muito bem!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

:)

E eu disse que me ia não disse? Já cá estou... não em Portugal mas num destes :)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Pensamento da noite... =)

EU: " Vou ter saudades... "
ELE: " Também eu... mas tens de me prometer uma coisa!"
EU: " O quê?"
ELE: " Que não deixas crescer os pêlos debaixo dos braços como elas por lá..."
EU: " Achas??"
ELE: " E se tiveres mesmo de deixar, ao menos faz risca ao meio!"

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pensamento da noite =)

"Here's a piece of advice: let go when you're loving too much, give up when love is enough, and move on when things are better than before. Surely there is someone out there who will love you less..." by Me & J.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Pensamento do dia

... Já alguma vez referi aqui que odeio fazer malas? Mesmo assim, repito: ODEIO!!!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Pensamento da noite

(imagem tirada da net)
Está quase a ser uma realidade... faltam apenas alguns dias =)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Mundo de "faz de conta"

E nós continuamos. Sem dar o devido valor ao/a que/quem merece e a darmos demasiada atenção ao que não devia existir.
Todos nós somos estranhos conhecidos. Dizemos que queremos o que na realidade não queremos porque tememos os nossos próprios desejos. Temos medo de pensar e por isso fugimos a sete pés do confronto, dando azo à continuação da vida de "faz-de-conta".
E eu devia ter desistido antes. Mas algo em nós nos faz lutar... não por algo ou alguém, não por um outro qualquer estranho mas por nós! Lutamos, unicamente para provarmos a nós próprios que não baixamos os braços em sinal de derrota... quando por vezes, tudo o que precisávamos, era não nos esquecermos de nos lembrarmos, que "desistir" também pode ser meio caminho andado para a nossa felicidade... E por isso mesmo, porque resistimos e nunca nos lembramos que o que fazemos e dizemos, tem efeito nos que nos rodeiam, continuamos a magoá-los sem nos darmos por isso...uma e outra vez mais.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

domingo, 1 de janeiro de 2012

Música para ressaca


"(...)Feelin' uninspired
 Think I'll start a fire
 Everybody run
 Bobby's got a gun
 Think you're kinda neat
 Then she tells me I'm a creep
 Friends don't mean a thing
 Guess I'll leave it up to me (...)"

1º de 2012


Nunca pensei que falar fosse tão difícil. Claro que há momentos em que nos faltam as palavras. Claro que existem momentos em que é melhor estarmos em silêncio. Mas não assim. Querermos falar, termos de o fazer e... nada. Os pensamentos demoram-se. Perdem-se entre mil e um flashes que acontecem em simultâneo. Esqueço-me do que ia dizer mas não do que me impediu de falar.
Costumava ser um momento que ansiava sem parar. Agora surge como o mais difícil dos últimos tempos. Não é que desgoste. É que não sei mesmo o que dizer, que palavras usar sem ser demasiado brusca.
Acontece-me por vezes... é raro mas acontece. Aqueles momentos em que me apetece deixar de ser simpática e mandar todos para uma parte que eu cá sei. A realidade é que não sei mais dar conselhos. Quem sou eu para aconselhar seja quem for? Quem sou eu para os ensinar a viver? E pior, quem sou eu para lhes dizer como o devem fazer?
Nada... ninguém. Mas mesmo assim eu dou. Aconselho o melhor caminho mesmo que não seja o melhor para mim. Aconselho o avanço mesmo que eu goste da contenção. Tento ser imparcial em todos os conselhos que dou... será que consigo?
Será que me consigo libertar assim tanto de mim?
E se sim... não fica tudo muito.. impessoal? Distante? Frio?
o mal de darmos conselhos é que temos de defender alguém que não sabemos se será um monstro...
porque na realidade, todos temos um lado negro... todos temos um monstrinho dentro de nós...
E como conseguimos dar conselhos a alguém sem pormos nas palavras, um bocado de nós mesmos?
Será uma eterna dúvida para mim sem dúvida alguma...
Até lá, aguentamos, movidos pela alegria de outros... e do sorriso que por vezes lhes arrancamos...