terça-feira, 30 de outubro de 2012

For a friend

I miss the one we never were. I miss the moments we never had. I miss the thoughts we never shared. I miss all that and all the moments that never crossed our minds.
I miss you, miss us, miss me. I miss the laughts, the smell, the contact.
I miss who you never were while i was present. And now that i'm far, i don't know you anymore. 
I miss the conversations we could have had and now that we have, they sound strange.
I miss the hugs that i wanted so much and now that you want, it's me running away.
Yes. I miss. Everything that was never there. Never possible for lack of time or will. Anyway, i miss you.

Pensamento da noite

Porque há coisas que só fazem sentido a dois...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Música para a noite


Adultos à pressão

Faz muito tempo que reparo nas crianças que tenho a meu cargo... as que são felizes, as que são traquinas, as que são iguais a tantas outras, as que são tímidas mas também as que não são mais crianças. Não é difícil perceber no dia-a-dia, ao lidar com os pais desta geração, quem são os "mini-adultos à sua semelhança"...  E é nestes que me centro. Nas crianças que vivem num mundo à parte de brincadeiras e carregado de regras... e é com pena que os vejo crescer... revoltados com o mundo, numa vida cheia de pressões... Não há nada demais em querer-se mais e melhor para um filho mas para tudo há um meio termo.
Estas que falo, não têm esse meio. Têm pais que quase nunca vêem, sem necessidades financeiras (como se o dinheiro comprasse o amor), andam nas melhores escolas e têm uma agenda mais preenchida que muitos adultos. Estes pais, querem que os filhos tenham e sejam quem eles nunca foram mas esquecem-se que não foi por dificuldades financeiras que não o conseguiram ser, foi porque o caminho para tal, é difícil senão impossível. E é este o resultado... crianças extremamente inteligentes mas que não são mais crianças... não cresceram rápido, simplesmente nunca ninguém as deixou ser crianças... Não são sociáveis, são agressivas e não sabem brincar... Haverá algo mais triste? 
Por isso tenho pena... delas, da vida que têm e da vida que vão ter... muitas acabarão por se revoltar, outras por se acomodar a esta realidade e ser mais (e se calhar pior pai), do que os seus pais, outras... inevitavelmente terão uma vida de excessos... bons e péssimos... porque nestas crianças, não há meio termo...
Será isto querer o melhor para um filho?

domingo, 14 de outubro de 2012

Ghosts of mine

E eles voltam... sempre o fazem... os fantasmas do passado que nunca nos abandonam realmente... seja em forma de gente ou apenas no pensamento... em formas distorcidas de uma realidade que no real, nunca foram o que pensamos ter sido.
Ignoro-os. Ou tento. Também eu sou gente. Também eu sou humana e sinto como os outros. Nem sempre é fácil darmos a volta e fazer de conta que não temos medo. Eu tenho. Mas finjo não ter. Por alguma razão acho, que se tiver medo e mostrar, ou se parar para pensar neles, os atraio mais depressa para a minha vida... mesmo que os fantasmas não sejam meus... mesmo que o passado não seja o meu e por mim, teria-os matado à nascença.
Mas sim... também eu sou uma pessoa... igual a tantas outras e diferente dos comuns mortais. Tenho um coração e não uma pedra em seu lugar, amo de verdade e não por conveniência, choro porque não consigo evitar e não para chamar atenções, rio de contentamento e não porque fica bem.
Mas eles andam aí... consigo senti-los à distância... estou forte... mas até quando? A minha sorte é que te tenho a ti... e dar-te a mão sempre os afasta mais um pouco.

sábado, 13 de outubro de 2012

Thank's...

 
É sempre bom quando em menos de um ano chegamos a um país que não conhecemos e recebemos uma apresentação formal a 40 pais (no emprego) como esta: " This is Joana, our new teacher assistant but in fact she's being trained to substitute one teacher that is going away, cause she's doing an awesome job and she learnt it very fast! So congratulations and thank you very much"...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

I miss you

Sempre fomos um cão e gato em trocas constantes de papéis. Uns dias eu era gato e tu cão, noutros, eu o gato enraivecido e tu o cão amistoso.
Estamos ligados por sangue e por veias similares. Foi o mesmo útero que nos gerou mas sempre vivemos assim... uma diferença de idades que nos juntava muito para logo a seguir nos distanciar nos gostos e formas de pensar... talvez só agora tenha dado conta que apesar de todas as lutas tidas fomos (e somos) mais que felizes. Na minha memória guardam-se os momentos... o braço na janela de vidro, as muralhas de almofadas no sofá, os lugares marcados em frente à tv, os pequenos almoços levados à cama, o enfiar-me na tua cama a vermos o globo de luz, a quinta, as casas de cimento, as lições de piano em que tu eras o meu piano e só te queria a ti, a ida à escola para bater nos que me faziam mal, a inveja que tinhas de mim por ser a pequenina quando na realidade só queria que me amasses, a defesa, a protecção, as tardes de "bolinho" para os amigos, as interrupções ao teu quarto quando estavas com eles, Fão, a mota, os passeios na mesma nos pinhais a arrancares-me gritos infindáveis, a queda, o joelho desfeito, a 1ª ida à discoteca, a 1ª vez da "queima", os concertos, os abraços, o riso, o descontentamento, a tristeza e a alegria, a morte, o 1º cigarro, o afastar e o reunir, o constatar que já não éramos as duas crianças de antigamente, a vida real sem tabus...
O desespero, os momentos realmente tristes, o renovar, o sobreviver, a alegria, o casamento, o nascimento, a vida em nós e nos nossos, as recaídas, o levantar, o riso, as piadas, as semelhanças que cada vez mais se acentuam, o pânico, o salvamento, as conversas tidas e os sermões calados e dados, as diferenças entre nós... e sim... podia ficar aqui uma vida... não me faltariam momentos para escrever, lembrar e sorrir ou para acima de tudo, agradecer.
A realidade é que me ensinaste tanto mesmo nos momentos em que pensavas estar a "des"ensinar... E hoje, mais do que nunca, sinto a tua falta...
Faltas aqui para rir comigo, para gozarmos juntos de tudo e mais qualquer coisa...Faltas tu na minha vida nova... perto, à distância de um abraço... 
Vais rir certamente da lamechice mas a verdade é que odeio estar longe de ti! Adoro-te mano velho!

I'm so happy i found you...

Thinking too much

A brisa da madrugada congela-me o corpo. Não há lua que brilhe nem sol que me aqueça. É uma noite de inverno esta, que contemplo da janela de casa. 
O mundo parece tão mais vazio sem ti por perto que páro para pensar duas vezes se estou a sonhar. Não há risos por perto. Não há uma palavra. Não cheiro o teu cheiro e pergunto-me por vezes se existes realmente.
O gelo da noite congela-me as ideias. Não consigo pensar, o coração abrandou e a resposta tarda em chegar. As horas não passam e os minutos arrastam-se num relógio invisível, para trás e para a frente... Muda a pilha, muda de sítio, muda a cabeça e muda a vida. Muda tudo o que tenho de mudar. Mudo eu e muda o mundo. O meu, o teu e o nosso.
Fecho a janela. Não há sol nascido no céu. Não há lua que me diga as horas. Mas sei que é tarde. Tarde demais para sentimentos tão pesados e imprecisos.Tarde demais para estar acordada.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cold

Há dias assim... em que acordamos sem vontade nenhuma de nos levantarmos mas mesmo assim esforçamos-nos. Em que olhamos para o relógio e notamos que estamos mais que atrasados. Deambulamos até à casa de banho sem sabermos como lá chegamos sem cair e olhamos o espelho a perguntar: "Quem és tu com essa cara de doente??"... É... há dias assim como o de hoje, em que estou doente e sem qualquer condição para ir trabalhar. Lá fora estão dois graus e eu devo estar com 38... sei que o choque de 36 graus não vai ser fácil, que não me vai fazer bem nenhum mas mesmo assim... arrisco. Porquê? Porque desde que me deitei ontem até hoje, o dia não tem corrido bem e eu não quero ficar em casa a roer no mesmo... 
O comprimido anestesia os sintomas e prepara-me para o dia... não é fácil estarmos motivados quando só queremos enfiarmos-nos na cama, quando não recebemos uma palavra de apreço por mínima que seja... E talvez por isso, tenha chegado a casa com a sensação que não valeu a pena o esforço.
Mas assim que chego e ligo o computador, tenho mensagens bonitas que resultam mais que todos os comprimidos do mundo. Afinal, o dia fez sentido embora de uma outra forma. E agora que penso nisso, não gostaria que tivesse sido de outra maneira... o tempo às vezes é mesmo o melhor amigo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Vou trabalhar ao som desta =)

Insónia

A madrugada está quase a terminar e nem por isso o sono chega. São horas de levantar e não de deitar... saio da cama numa clara derrota contra o pensamento. Ele ganha, eu perco mas não me importo. São saudáveis as noites que passo em claro a pensar em ti. São esclarecedoras e reveladoras do que nas minhas veias, corre.
A muitos km de mim (mais do que gosto), deves estar a dormir o sono profundo de quem sabe o que quer sem o dizer. De quem tem muito para pensar mas finge que não. Invejo-te a calma. E o sossego. Em mim, tudo é um turbilhão que me desinquieta. Somos feitos do mesmo barro mas em corpos diferentes. Somos iguais mas tão opostos. Almas gémeas desiguais.
E lembro sem querer pensar agora... estou cansada de dar voltas na cama e a única coisa que quero é tomar um banho que me desperte para o mundo real fora destas 4 paredes. Nada... a cabeça continua a 1000 km/hora... e estranhamente estou calma. Sinto a tua falta perto de mim. Não sei o que nos une mas sei o que sinto. E pensar em ti, há muito que se tornou um hábito. 
Pego nas chaves, carteira, música e bicicleta. Talvez o ar fresco dos 4º C me congele o pensamento por momentos ou então não... porque a bem dizer, pensar em ti é ter-te por perto. Pensar em nós, é levar-te comigo para todo o lado onde vou... no coração.

domingo, 7 de outubro de 2012

"It´s not over yet... "

Happiness

Recentemente descobri que quando queremos muito uma coisa, ela acontece... má ou boa. Parece lógico, eu sei... mas tinha-me esquecido de desejar. Esse verbo que tantas vezes nos acompanha pela vida fora e que dá azo às nossas fantasias. 
Hoje em dia reparo que usamos esse verbo com a mesma frequência com que dizemos "amo-te", sem significado, dizendo por dizer, desejando as coisas que na realidade não precisamos desejar... porque o seu acontecimento é inevitável... desejamos o que sabemos que é fácil com medo de sonhar com coisas que nos parecem demasiado impossíveis só porque tememos a queda. Talvez eu própria o tenha feito.
O que mais gosto nestes dias que agora respiro, é o redescobrimento de mim mesma. Das coisas que sempre desejei mas que por medo do fracasso, guardei em mim para dias mais corajosos. 
Agradeço por isso, às pessoas que me ajudaram a conquistar a coragem necessária, sabendo que nunca lhes poderei pagar mas poderei finalmente brindá-los com a minha alegria, a mesma que tantas vezes viram em mim mas que entretanto se tinha perdido algures pelos anos.
Sim... sou a mesma pessoa mas num momento mais colorido... menos preto mais cinzento, menos roxo mais bordeaux...  Sou eu mesma mas viva.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Thank's B.


" (...) I don't think about you all the time
But when I do - I wonder why (...)"

Teia

Por vezes a vida prega-nos partidas. O tempo pára por milésimos e damos por nós entre uma rede que sem saber como, construímos. Minto. Eu sei como a formei, só não pensei nas formas e no porquê. E agora que parei, parou a vida, parou o mundo, pararam as horas e sou uma presa na minha própria teia.
Não estou triste. Pelo contrário. Estou tão feliz que a cada passo que tento dar, a única coisa que consigo é enrolar-me ainda mais e tropeçar. 
Ela obriga-me a pensar em tudo o que não pensei nos últimos anos. Obriga-me a ser mais e melhor. A amar como nunca amei. A mim e aos outros.
E bum! Não sei mais quem sou neste mundo que conquisto a passos de bebé. Não sei mais o que quero para o futuro. A bem dizer, o futuro é algo tão estranho neste momento, que dou por mim a viver o presente como nunca o vivi. Não vou mais negar-me. Não vou mais calar o que guardo em mim. Não vou mais abdicar da felicidade só porque isso faz alguém infeliz. É tempo de fechar os olhos e deixar a vida pulsar em mim.