domingo, 13 de dezembro de 2009

Nevoeiro nocturno com cheiro a mentol

Porque pintas um quadro que não é teu? Porque lhe dás um comentário impessoal, abstracto, dúbio, incompreendido por todos? Quem és tu por detrás dessa tela? Quem é a figura distorcida pela névoa do horizonte? Porque te dás sem te dares ou foges sem sair do sítio? Porque lanças no ar as respostas confusas às perguntas mais óbvias? Quem te fez assim? Tão frágil por detrás dessa carapaça?
Ficam as perguntas, mas quase nunca as respostas... talvez os outros te compreendam ou então simplesmente, subentendem-te, atribuindo-te a mais um estereótipo dos comuns dos mortais e dos demais clones da sociedade, quando não têm inteligência suficiente para saberem, que todos nós somos parte da mesma equação, mas cada um diferente de si... Talvez o meu erro seja esse... fazer desta equação uma coisa bem mais complexa do que é na realidade...
Então aí, perdoa-me... por querer entender, por não gostar de te encarar como mais um entre os outros, que fingem perceber para terem uma justificação que lhes gratifique o pensamento.
Se calhar o erro foi meu e eu é que entendi tudo ao contrário ou fiz de ti o que nunca foste, se calhar é tudo claro como o dia, límpido como água e eu é que sofro da visão... se calhar... who know's?

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