sábado, 24 de abril de 2010

Não me digas mais nada...

Era uma vez uma noite como tantas outras... saí de casa para esvaziar um pouco a raiva que deixei acumular por demasiado tempo, decidida a divertir-me... Primeira parte da noite... boa... boa conversa, boa bebida... esperava por amigos que se demoram nas promessas que fazem em ser breves.. Apareceram outros amigos... conversa... risos e sorrisos... até à chegada dos que não sabem por as suas inimizades de parte... os mesmos que, sem eu estar no meio da confusão, nos obrigam a ter partidos...não quero! Não quero tomar partidos e não quero seguir os programas deles, só para mostrarem ao resto do mundo que eu faço parte daquela história, mesmo não fazendo... Mas já sabia... não indo, era para eles entendido como uma preferência pelo grupo "rival"... mais uma vez: I don't care! Não sou de ninguém, não tenho de lutar uma guerra que não é minha, logo, os outros que entendam ou pensem o que quiserem... Consequências? Certamente imensas... amanhã não faltarão as mentiras àcerca da minha pessoa... isso dá que pensar... porque tornam tudo tão difícil? Porque lhes custa entenderem que se não fui foi apenas porque não queria ir? Que estava com quem queria estar e não me importando o lugar onde estávamos... E porque lhes custa entender que não somos meros espantalhos ao sabor do vento, marionetas nas mãos dos mal intencionados? Que pensamos e agimos conforme queremos... Faria sentido abandonar o que tinha combinado para me ir enfiar num bar quente e cheio de fumo, rodeada de pessoas que não conhecia, apenas para me separarem daqueles com quem estão chateados?
Não foi preciso ir muito mais longe... no sítio e nas horas da noite, para perceber que as ideias que assaltam a minha cabeça nos últimos dias, têm uma razão de existir... Descobri... que o problema não sou eu... o que faço ou não, o que digo ou calo, mas sim a pessoa em si.... as mentalidades pequeninas e ciumentas de quem não conhece a bondade dos outros... De quem vive rodeado pelo materialismo e desleixa o humanismo, criticando todos os que não agem de forma igual e pior, acreditando que são reis e senhores das emoções e sentimentos, achando-se capazes de controlar os outros... mas quem pensam que são?
Confesso... nesse momento de realidade, perdi a ilusão provocada pelo álcool e recuperei a sobriedade... tudo voltou... a revolta... o espanto... a apatia... mas mesmo assim agradeço... pela coragem de uns em revelar a falta de humanismo dos outros... mesmo não tendo nada a ganhar com isso... (Obrigada... tu sabes quem és)...
Era uma vez uma noite como tantas outras... saí de casa para esvaziar um pouco a raiva que deixei acumular por demasiado tempo mas regressei a casa ainda mais carregada... Amanhã, vai ser dia de mudanças!

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