domingo, 12 de junho de 2011

Dinner for seven

Cenário de horror. Dores nos sisos de quem não tem juízo e jantar marcado com quem não queremos aturar. Pior? Vêm acompanhados de mais um casal que nunca vi mais magro, que aproveitam a bondade dos outros para encherem o bandulho à pala e assim tirarem a barriga de misérias. 
Não há conversa possível com alguém que apenas finge ser o que gostaria de ser. Não há diálogo possível com quem mete palavras "caras" no meio de uma simples resposta. Não há cu para aturar quem não se conhece e quem não se dá a conhecer. E se todos fossem sinceros? Não valia mais a pena dizer a verdade? Não era muito mais aceitável? "Vim aqui apenas porque tinha fome, não tinha nada melhor que fazer na barraca a que chamo mansão e dispenso qualquer tema de conversa ou tentativa frustrada de me perguntarem o que quer que seja!". Alguém os poderia julgar? Não! Mas em vez disso preferiram proferir umas quantas imbecilidades, histórias de faz-de-conta-que-sou-muito-inteligente-e-rico! 
Para ele, que na casa dos "velhos" namora com uma "intona", a vida baseia-se em meia dúzia de histórias dos tempos áureos (dele!) e ela parece estar proibida de falar. Não abre a boca a não ser para comer ou beber. Nada mais se ouve... nem o som dos dentes a mastigar, um riso quando todos estão às gargalhadas ou de um soluço que seja, pela rapidez com que come. Será da crise? Poupa-se até nas palavras? Até os meus sisos sem tino falam mais com dores do que ela com a dentadura Hollywood...
Não aguento. Não é para mim e nunca serei assim. E um dia, vou ter coragem para cobrar o jantar!

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