quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Blowing words to nowhere

Sinto as tuas palavras perdidas no ar, vendidas ao vento em troca do afastar de ti, os sentimentos que te assustam.
Desconheces os motivos, evitas as acções mas esqueces-te de que isso não basta para fugir. Qualquer fuga dar-te-ia apenas a ilusão dela mesmo e o fingimento desse momento, que te soa mal e a falso, consome-te nos momentos em que te permites pensar. 
Acaba a fuga. Vem a culpa.
Pensas que não há volta a dar, numa situação que desde o início, não permitiste sequer, existir. Resta-te o cansaço que te apaga na noite. O arrependimento que calas para que ninguém saiba que sofres, toma conta da tua alma, minando-a de pensamentos complexos.
E por fim dormes. Despido da pesada armadura que envergas de dia e que repousas à noite quando já todo o mundo está prestes a acordar.
Sozinho naquele quarto, ninguém imaginava que afinal de contas, és tão humano quanto eu.

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