sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Teia

Por vezes a vida prega-nos partidas. O tempo pára por milésimos e damos por nós entre uma rede que sem saber como, construímos. Minto. Eu sei como a formei, só não pensei nas formas e no porquê. E agora que parei, parou a vida, parou o mundo, pararam as horas e sou uma presa na minha própria teia.
Não estou triste. Pelo contrário. Estou tão feliz que a cada passo que tento dar, a única coisa que consigo é enrolar-me ainda mais e tropeçar. 
Ela obriga-me a pensar em tudo o que não pensei nos últimos anos. Obriga-me a ser mais e melhor. A amar como nunca amei. A mim e aos outros.
E bum! Não sei mais quem sou neste mundo que conquisto a passos de bebé. Não sei mais o que quero para o futuro. A bem dizer, o futuro é algo tão estranho neste momento, que dou por mim a viver o presente como nunca o vivi. Não vou mais negar-me. Não vou mais calar o que guardo em mim. Não vou mais abdicar da felicidade só porque isso faz alguém infeliz. É tempo de fechar os olhos e deixar a vida pulsar em mim.

2 comentários:

Anónimo disse...

FANTÁSTICO !!!

Strawie disse...

Obrigada ;)