sábado, 24 de novembro de 2012

Going...

Basta! Dizes tu... assim, como uma palavra bonita que não é. Quando as palavras que digo não fazem mais sentido, quando as acções são vistas como uma ameaça, quando as questões surgem como afrontas, não vale a pena sequer falar. Silêncio... As vontades, desejos, medos e inseguranças. A minha cabeça explode de impotência e frustração. Quando pensava que era mais, percebi que na realidade era menos. Que o que era, na realidade não era e o normal tornou-se absurdo e estranho. Por fim, vou. Vou-me daqui. 
Reparo depois, que com a idade os sentimentos tornam-se pegajosos. Comuns. Dúbios. E chatos. Nunca fui a típica rapariga que chora e sofre por alguém. Amigo ou namorado. Agora? Sinto que sofro mais do que o aceitável. Por tudo e por nada. Quero voltar. Ao tempo que nada me dizia tanto. A quando olhava para algo perdido e dizia: "Azar! Não importa!". Nessa altura era bem mais fácil. E se calhar tudo se devia ao facto de não conhecer o que conheço hoje... e? De que vale ter aprendido se só me provoca dor? Se me faz parecer quem não sou nem serei? 
Parto por fim. Na mesma linha em que um dia cheguei. A bagagem tem excesso de peso mas recuso deitar coisas fora. Elas vão-me lembrar do que fomos um dia. Inevitavelmente, vão-me lembrar também dos maus momentos. Dos bons. Dos que ainda tinha na algibeira. Dos sorrisos e das lágrimas. Das gargalhadas e silêncios. Dos abraços e das chapadas psicológicas. Da alegria e da tristeza. Do que tentei mostrar... sem sucesso...
Agora que espero o comboio, penso... quem perdeu? Quem ganhou com a perda? Quem vai rir no final? Nada... ninguém. E no final de contas pergunto: Porquê isto?

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