quinta-feira, 24 de abril de 2014

Uma vez mais, nós.

Recentemente comecei a escrever a nossa história... pela enésima vez. Inspirada por uma qualquer idéia saloia de que ela merece ser contada. 5 minutos e folhas depois, isso passa. E volto ao zero em que nos encontramos agora. Que história contar? Que verdades saudosistas lembrar? Como falar de tristeza sem voltar ao fundo do abismo outra vez? Merece ser contada? Porque nao a quero esquecer? E lembrar para? Nao mudará certamente um ponto ou vírgula dela. Muito menos do final que nao foi escrito. Páro. Mais um copo de vinho perdido entre outros. Deixo ebriamente que ele me embacie o contacto com a realidade recente e escrevo mais umas linhas.Consigo ser fiel ao que fomos e vivemos. Continuo. Até onde nao há mais continuacao. Nao há um final. Há um último encontro repentino e apressado sem direito a "adeus". Como quem vai comprar cigarros e volta já, passados 6 anos. Há um lapso no tempo. Há um coma induzido em nós quando o resto do mundo envelheceu. Pior, maior, diferente, melhor... Interessa?
Bloqueio. Odeio-te por deixares para mim o triste peso de escrever o "adeus". Eu nunca quis esse papel e nem consigo pensar no "para sempre" em contexto de despedida. Mas é destas maos frageis que ele depende... no final, sou eu a culpada de nao o saber escrever sem que inevitavelmente aceite a derrota do mundo e a perda do meu melhor amigo.

Sem comentários: