sábado, 30 de maio de 2015

Não perguntes.

Não perguntes como. Quando dei por mim já estava. Acho que faz já muito tempo que o sentia e sempre, de uma forma ou de outra, o neguei. "Longe da vista, longe do coração", longe do coração, longe de confusão...
E adio. Uma e outra vez até que me sinto ser dominada por uma força imensa e invisível que me obriga a ser mais forte e a impedir os meus próprios actos.
Mãos nos bolsos evitam muita coisa. Óculos de sol, olhares indiscretos. E corro. Fujo para não me render. Para não perder a batalha que travo comigo própria.
Digo e repito como um mantra: "Não posso, não posso, não devo"... vezes e vezes repetidas até à exaustão que não fazem efeito. Sei no fundo de mim que posso mas não devo e se não o faço, é simplesmente por medo... E acredita quando digo que gostava de poder. Parar de lutar mas o mundo de outra forma parece-me estranho e assustador.
Só queria que me provassem que estou enganada, que deveria tirar as mãos dos bolsos e abraçar o que sinto. Sem medo, sem incerteza. Sonhos tornados realidade.

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