sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fake

Num país como este, em que tudo soa a falso nos dias que correm, o que continua a prender-me aqui, para além da minha força e vontade?
Um falso país europeu a querer mostrar aos restantes que (erradamente), somos grandes? Rodeados por 10.650 milhões de pessoas em que a maioria se queixa mas nada faz? Que vivem a actual política como se fosse uma novela? "Hoje gosto deste, mas como amanhã engana a mulher, vou votar no outro!"... Ou será pelos falsos amigos, que pela lógica do "salve-se quem puder" (que eu até compreendo), vão servindo a sua vingança nas nossas costas?
Estou farta que todos me critiquem por falar mal do meu país e nada fazer por ele... bahhh! Não faço e nem farei, não merece... Também um dia fui como os demais... os que queriam um futuro aqui, uma família, tinha sonhos a cumprir e uma paixão cega por um país que em troca de todos os meus esforços, não me deu nada! Não deu e não satisfeito, ainda hoje me impede sonhos, estabilização ou possibilidade de construir família... E os mesmos que me disseram um dia, que eu devia estudar, para meu bem e para o desenvolvimento do país, são os mesmos que hoje me dizem que dois cursos não servem para nada! Pois não... nem nunca vão servir... fossem dois ou dois mil... não enquanto uma empregada de limpeza ganhar mais do que um licenciado, ou enquanto outros continuarem a aldrabar o estado, usufruindo de subsídios de tudo e mais qualquer coisa...
E os mesmos que me criticam são esses que nada mais sabem fazer.. viver às custas de aldrabices e esquemas, que piam muito mas percebem muito pouco do que os rodeia... que me criticam por não ser patriota e amanhã vão apoiar outro qualquer, não interessa quem, desde que lhes satisfaça uma ou outra vontade... 
É... eu podia ser como o resto... podia fazer de conta que amo o meu país, viver à custa de subsídios, ter uma família com 4 ou cinco filhos, não por amor mas para ter direito a um abono maior e viver numa casa de um bairro social... mas isso seria bom para o meu país???
Ok, se preferirem, então peço desculpa... por ter sonhos, por ter vontade de sair daqui e conhecer novos países e querer construir uma família por amor, não por amor ao dinheiro... Na volta, vamos chegar à conclusão que entre mim e os que cá ficam a criticar-me, ainda sou eu a que ajudo mais o meu país... por não contribuir para o aumento da crise, obrigando o estado a pagar pela minha preguiça, como todos os restantes...
Mas que país desenvolvido o nosso hein?

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