sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A vida é mesmo caricata. A morte, tristemente, também. Já concerteza estão todos muito fartos de ouvir falar deste caso entre Carlos Castro (Castrado) e Renato Seabra (Se abra) e brincadeiras da net à parte, é realmente triste assistir às diferentes reacções do povo, da comunicação social... de todos...
Enquanto lia o jornal, numa tentativa frustrada de me afastar das revistas e telejornais que parecem não saber falar de outra coisa, parei numa notícia que dava conta de 400 pessoas que fizeram um cordão humano à volta da praça central de Catanhede, localidade do jovem Renato, numa manifestação de apoio à família dele... O que leva uma população a reunir-se ali numa homenagem? Carinho? Solidariedade? Simpatia? ... Alguns... não duvido... mas a maioria estava mais numa de: Fé, Consciência (à procura de tranquilidade), Não ter nada melhor que fazer, o estar ali uma câmara de TV e a procura de uma vaga no céu... Triste não é? E não, não sou eu que estou cáustica... São as diversas entrevistas que o afirmam... uma das senhoras dizia que estava ali, sabendo que isso não livrava o puto da acusação, mas aliviava a consciência dela (???) e apoiava a mãe do miúdo só porque ela era presença assídua na igreja!!! Bem... relativamente a isto acho que a mãe dele não vai ser mais crente num deus que permitiu tal triste fado para o filho (reacção normal quando se vivem tragédias destas) e vai deixar de frequentar a igreja... pelo menos até a raiva passar... será que depois disso a sra católica vai continuar a apoiá-la?
Mais para a frente, apenas um popular disse a verdade das verdades... que todos falavam mal do Carlos Castro quando ele era vivo, agora que tá morto passou a ser um poço de virtudes... e para o jovem educado e inteligente, restou apenas a maldade e frieza... É... Um está morto, o outro, preso... mas isso não faz deles pessoas melhores ou piores do que já eram antes... mas as pessoas têm uma tendência grande para esquecer rapidamente e deixarem-se convencer por tudo o que ouvem...
É óbvio que matar nunca deve ser aceitável (embora em certos casos me seja difícil formar uma opinião), mas o que eram continuaram a ser... a única diferença é que com a morte do senhor, não há mais escândalos para alimentar a imprensa cor-de-rosa e o falatório do povo... vai daí, vira-se o disco e toca-se uma melodia ao contrário... Benvindos à inutilidade e estupidez humana de quem compra um mundo assim...

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